presunção

filosofia

Por Evan do Carmo

Código do livro: 11183

Categorias

Metafísica, Estética, Bem & Mal, Literatura Nacional, Filosofia

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Sinopse

Escrever o prefácio deste livro não é ação fácil de ser executada diante da profundidade e da beleza filosófica, plantada na simplicidade de uma vontade quase incontrolável do autor.

Evan é um dos poucos seres humanos que conheço que não tem medo de expressar aquilo que pensa e muito menos de questionar a realidade, na busca da lógica, da razão e da verdade de todas as coisas que nos cercam. Sua sede de conhecimento encanta e estimula qualquer professor de filosofia. E tê-lo como aluno durante um semestre acadêmico, foi de fato um presente... Desses que a gente nunca espera receber.

Saiu o aluno para ficar pela eternidade o amigo, sempre ávido na busca do saber, do ser e do fazer, garantindo a sua existência na sua paixão e necessidade de justificá-la a si mesmo. Na tentativa de ser a “soma de todos que viveram antes de mim” não se torna presunçoso porque a necessidade do homem de entender a realidade é eminente e premente no seu existir.

O conhecimento como uma investigação acerca do verdadeiro nos leva a dados que se transforma em juízos como atividade do sujeito frente ao objeto a ser conhecido. Não há conhecimento sem a relação entre o sujeito e o objeto que nos remete, incondicionalmente, à reflexão filosófica com o objetivo de investigar as origens, as possibilidades, os fundamentos, a extensão e o seu valor.

Segundo o filósofo contemporâneo Richard Rorty “conhecer é representar cuidadosamente o que é exterior à mente” E representar é o processo pelo qual a mente torna presente diante de si mesma a idéia, a imagem ou o conceito de algum objeto.

Evan, neste livro nos coloca diante de nós mesmo pela reflexão. Faz o pensamento retornar a si mesmo para tomar posse do mundo que está à sua volta, e nos mostra que não estamos sozinhos, mais que isso, que temos uma grande responsabilidade no pensar e repensar o planeta em que vivemos. Faz-nos criar coragem para discutir o óbvio, que muitos de nós não sabe explicar, apesar de compreender. Nos faz pensar no mito que somos como reservas da humanidade, nos proporcionando ser um elo vital de ligação com o sentido.

O homem o dono de si!

O homem é o ser mais confuso que veio à luz da existência. O que achamos ser a nossa superioridade sobre as demais criaturas é justamente o que nos revela o quanto somos imperfeitos, incapazes; enquanto os animais não têm consciência da existência, porque estão diretamente ligados à natureza, e são por isso conduzidos por instinto, simplesmente pela necessidade de respirar, não sofrem a dúvida da escolha, nem a pressão psíquica da responsabilidade depois da escolha, de fazer o não algo. Já o homem, sendo capaz de perceber a si e ao seu semelhante, não consegue conviver com a liberdade de escolha, é lhe permito, portanto, o usufruto do engano, do erro, e depois do fracasso, descobre o potencial, o poder de reparar a sua incapacidade de acerto ao constatar que podia ter feito de outra maneira, sofre a dor atroz da consciência a lhe revelar o infalível tributo do seu ato...

É este o amargo sentimento que atormenta sua alma inteligente, esta percepção de que é natureza como o resto dos seres vivos. Este sentido universal das coisas lhe aponta como alguém solitário, único responsável por todos os seus passos nessa imensidão que é seu universo perceptivo, sua subjetividade e sua idiossincrasia que reage a cada descoberta do seu existir. Sendo ele menor que o mundo que lhe cerca, não consegue compreender que é dono e senhor de tudo o que seus olhos podem ver, que só ele é responsável por tudo e único capaz de preservar ou destruir o seu habitat, seu mundo sensível, não tem nenhum ajudador divino ou destruidor maligno... é o homem tudo o que ele tem para conservar viva a vida, a sua e de todos os seres que respiram.

O homem na sua busca frenética por respostas, já tentou de tudo, tentou vários métodos, várias formas para se isentar da sua universal designação, em vão criou Deuses e demônios, porém, acabou sempre no mesmo lugar, no mesmo ponto de partida: o início da percepção da consciência da sua existência, não há antes nem depois desse lampejo de luz: é o homem de fato, o deus mais coerente que ele mesmo inventou, criou percebeu...

Ó incoerência de ideias, contradições que envolvem o ser humano, todos os seus movimentos são incertos, todas as suas decisões são contraditórias, nunca estar contente com suas escolhas, nunca diz o que faz, o que realmente quer ou deseja. O fato de ter muitas escolhas lhe faz lutar desesperadamente para acertar na primeira opção. Quando afirma ter certeza do que quer, prova a decepção, a insatisfação, o desconforto, que lhe remete ao passado, ao momento anterior à escolha consumada. O que conhecemos como erro ou pecado, nada mais é do que a angústia da liberdade limitada, de não poder experimentar de uma só vez todas as opções. Não ser capaz da onipresença leva o homem a caminhos diversos em busca da alegria, do êxtase de ser tudo, de ser feliz.

A experiência do saber pelas escolhas vividas lhe dar a sensação de superioridade sobre os inexperientes, sobre aqueles que não tiveram a glória de muitas opções experimentadas. Quando na verdade esses últimos são inocentes que não cometeram tantos erros tentando os acertos. É melhor viver na primeira e única escolha; do que viver “sete vidas” e continuar com a mesma concepção do mundo, de vazio existencial.

Só há uma saída para esse conflito: o recurso da covardia, não viver nenhuma vida, não fazer nenhuma escolha. O homem teria que, ao abrir os olhos, ao perceber o mundo à sua volta fechar os olhos, mergulhar na escuridão da ignorância do seu existir, desistir do seu papel no drama melancólico da vida; porém, nem essa escolha lhe traria a paz que ele deseja como ser vivo alcançar.

Não há mesmo como fugir do “destino”, da maldição que trouxe o homem à liberdade, o milagre do devir. A defesa do homem para suas ações conscientes, para não aceitar o seu “eu” perceptivo, o homem físico, visível por todos os outros homens, é a filosofia freudiana do inconsciente, a não percepção original, que o leva a cometer os seus delírios, ou seus desvios de conduta, distintas, fora do padrão psíquico moralmente correto, compreensível a todos os homens normais.

O Homem é dono de todos os seus movimentos, uma vez que for capaz de compreender sua existência no mundo sensível, e sendo detentor da liberdade relativa do pensar; sendo o dono também de suas ações, boas ou más. Dizem que se um homem adquire um vício durante o desenvolvimento psicológico, no decorrer da formação da sua personalidade, quando observa os hábitos à sua volta, ao fazer escolhas conscientes que lhes serão prejudiciais ou não: como beber fumar usar drogas, opção sexual e etc. Depois negar a responsabilidade sobre todas essas ações é negar o “livre-arbítrio”, a liberdade de que é dotado.

Não há de fato, respaldo cientifico e filosófico para este proceder, concordar com isso seria destruir todas as escolas do pensamento livre até hoje construída; seria de fato negar a soma de todos os filósofos que experimentaram a força do existir através da ação do pensamento “cogito ego sum” e assumo conscientemente a minha existência e todos os meus atos, pois antes de trazê-los à luz do mundo, das causas e efeitos, eu os idealizei na oficina das ideias no meu respirar cerebral. Cada movimento físico-emocional são oriundos da minha mente autorizado por meu realizar perceptivo, real, de onde procede todo o meu ser, minha essência existencial: sou de fato responsável por mim mesmo e não uma entidade ociosa que habita dentro de mim. Isto sim seria de fato uma forma de loucura consciente, a negação da realidade do homem que sou, que descobri à luz do pensamento: O construtor divino das ideias: O meu ser consciente, absoluto, único, dono de mim, sou “eu”.

Características

Número de páginas 156
Edição 1 (2006)
Formato A5 (148x210)
Acabamento Brochura c/ orelha
Coloração Preto e branco
Tipo de papel Offset 75g
Idioma Português

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Fale com o autor

Evan do Carmo

Evan do Carmo, nascido em 29 de abril de 1964, na Paraíba, é um renomado poeta, escritor, romancista, jornalista, músico, filósofo e crítico literário brasileiro. Sua carreira é marcada por uma diversidade de talentos e contribuições para a literatura e cultura.

Desde cedo, Evan demonstrou sua paixão pelas palavras e pela expressão artística. Fundou e dirigiu o jornal Fakos Universitário, desempenhando um papel importante na disseminação de informações e ideias. Em 2009, criou a revista Leitura e Crítica, uma plataforma dedicada à análise e discussão da literatura contemporânea.

Com um impressionante catálogo de 30 livros publicados, sua obra tem alcançado leitores em 12 países, incluindo uma edição em inglês intitulada “O Moralista”. Entre suas obras estão “O Fel e o Mel”, “Heresia poética”, “Elogio à Loucura de Nietzsche”, “Licença Poética”, “Labirinto Emocional”, “Presunção”, “O Cadafalso”, “Dente de Aço”, “Alma Mediana” e “Língua de Fogo”. Além disso, Evan também contribuiu com vários contos em antologias literárias, demonstrando sua versatilidade como escritor.

O reconhecimento por sua escrita notável veio em 2005, quando foi um dos vencedores do concurso Machado de Assis do SESC DF. Em 2007, teve a honra de ser jurado na categoria de contos do concurso Gente de Talento 2007, promovido pela Caixa Econômica Federal, ao lado de Marcelino Freire.

Para além de suas habilidades literárias, Evan do Carmo também é um estudioso dedicado da obra do renomado escritor português José Saramago. Em 2015, publicou o livro “Ensaio Sobre a Loucura” e “Reflexões de Saramago”, uma obra que oferece um panorama perfeito na voz do próprio Saramago, em forma de ficção ensaísta, sobre a obra do Nobel Português.

Com o intuito de impulsionar outros talentos literários, Evan do Carmo fundou em 2016 a Editora do Carmo, realizando o sonho de mais de 500 autores, muitos dos quais não tinham recursos para publicar suas obras. Entre esses autores, destacam-se dezenas de poetas e escritores africanos de Angola e Moçambique, proporcionando uma plataforma para a divulgação de suas vozes e culturas.

Além de suas contribuições como escritor e editor, Evan do Carmo também compartilha seu conhecimento e experiência por meio de palestras e oficinas literárias. Sua dedicação em promover a literatura e ajudar outros escritores a alcançarem seus sonhos é evidente em sua atuação.

Evan do Carmo, com seu talento multifacetado e sua paixão pela literatura, continua a enriquecer a cena literária brasileira e a criar oportunidades para uma diversidade de vozes serem ouvidas. Sua dedicação incansável à escrita e ao apoio aos escritores emergentes o tornam uma figura inspiradora e um exemplo notável no campo literário. Para aqueles interessados em entrar em contato com ele para palestras e oficinas literárias, Evan do Carmo pode ser alcançado no número (61) 981188607.

Nome do link: evandocarmo.com

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1 comentários
Quarta | 10.02.2010 às 03h02
Evan do Carmo demonstra ser um bom observador em acopanhar a teórica de Richard Rorty, advendo de toda representação do sujeito para com o objeto. Demonstra também ser aquele escritoe que perde noites tentando entender a principal questão: a existência. Bem vindo ao clube...