Defeito: O inimigo da Qualidade Classe A

Análise Exploratória da Qualidade

Por Lewton Burity Verri

Código do livro: 145705

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Ciências Exatas, Engenharia E Tecnologia, Administração

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Sinopse

Explorar é intrometer-se em busca de revelações. É ser um “pentelhão” nos enigmas e nos mistérios. Não se trata de ser um bisbilhoteiro ou fofoqueiro da fenomenologia, muito embora o voyerismo científico termine virando, em grande parte, de suas vezes, curiosidades sem objetividade investigativa. E sem proveito algum mais nobre a não ser ter uma idéia de como algumas coisas acontecem.

A análise exploratória da qualidade, com base no raciocínio estatístico, tem como objetivo buscar variações, relações e tendências. Os dados e fatos são as matérias-primas da análise exploratória (Investigação Científica).

No Raciocínio Estatístico, segundo os Profºs Hitoshi Kume e Fujita (JUSE – AOTS – Japão / 1991), ao se analisar um grupamento de dados, temos por finalidade:

• Fazer a abordagem científica dos fenômenos (fatos).

• Detectar leis que possam ser enunciadas dos fatos.

• Constatar variações e relações entre fatores e resultados.

• Estabelecer o padrão estatístico, isto é, o comportamento normal e anormal.

• Aceitar aproximação em lugar de exatidão.

• Prever ou estimar situações e/ou tendências.

Diversas curiosidades estatísticas poderão ser descobertas, tais como; (1) Tempo relativo; (2) Esforços comparativos; (3) Jogo de hipóteses; (4) Perdas estimadas, etc.

As curiosidades estatísticas são informações que poderão ser relevantes ou meras curiosidades sobre o fenômeno ou a atividade em foco. Toda afirmação suportada por dados estatísticos é uma afirmação científica, mesmo que por mera curiosidade.

Os administradores e engenheiros japoneses são mestres em fazer análises exploratórias da qualidade, de modo a caracterizar o paradigma praticado no gerenciamento deles, nos processos que controlam. Isto é uma boa orientação para qualquer empresa.

A metodologia de fabricação de produtos sofre dois tipos de análise:

(1) análise de qualidade e

(2) análise de processo.

Ambos permitem que a gestão da Qualidade Total, por exemplo, empreenda a solução sistemática de problemas, numa ordem prioritária relevante, respeitando as considerações da Política da Qualidade Empresarial.

Mesmo que efetuando especulações estamos forçando o rompimento do imobilismo e do condicionamento do paradigma empresarial em vigor. Não deixa de ser a implementação de uma heurística saudável e construtiva.

Fazer críticas é um bom caminho. Mas, essas críticas devem ser absorvidas com desprendimento, no entendimento de sua relevância ou insignificância.

Tendo “reprisado” alguns conceitos da Qualidade Total no contexto anterior de nossas vivências, em artigos que publicamos neste site, devemos usar a ação estatística exploratória para divisar o real paradigma que domina as práticas operacionais e funcionais em nossa empresa, em nosso departamento.

E devemos aprender a fazer uma ANÁLISE DOS DADOS de todos os processos e procedimentos que ocorrem na empresa.

Os dados usados que viermos a usar nas tabelas resumidas enumeradas que tabulamos devem ser tirados dos sistemas processadores de dados, da rotina empresarial sofrendo um tratamento estatístico para “fins de exploração”.

Essa prática poderá ser utilizada por todos os setores da empresa, em busca das considerações de Kume e de Fujita - As curiosidades estatísticas das atividades e dos processos.

As ferramentas estatísticas são muito simples e estão entre as 7 ferramentas do Controle Estatístico da Qualidade - CEQ.

Temos para manter a empresa sobrevivente que fazer a confrontação das ocorrências internas da Qualidade com as ocorrências externas da mesma nos clientes.

As curiosidades são muitas, ainda mais levando em consideração que o controle interno da qualidade, da empresa, lida com a macro-dimensão desse controle, enquanto que nos clientes, um lote interno de produção (da empresa) é individualizado em vários clientes, em frações mínimas do tempo do processamento na nossa fábrica, por exemplo.

Isso significa que os clientes lidam com a micro-dimensão da qualidade-quantidade, nos lotes que recebem, e detectar defeitos ou problemas para eles é mais fácil. Em boa parte das vezes uma reclamação de qualidade, ou a ocorrência de defeitos detectados na fábrica seguinte à nossa, ou nos consumidores, representa minutos ou frações deles, de nossa produção interna, pela escala e a velocidade dos processos de fabricação.

Como as linhas de produções industriais lidam com grandes escalas de milhares e milhões, em dado tempo-hora, e estas escalas são fracionadas para dezenas, centenas e milhares de clientes-consumidores, é mais fácil dado grupamento deles detectar nossas disfunções na concretização da qualidade. ELES SÃO OS INSPETORES MAIS DETALHISTAS DA NOSSA PRODUÇÃO.

O que constatamos, nessa confrontação, é que as EMPRESAS possuem um Controle da Qualidade paradigmado como DEFENSIVO, e a política aparente de gestão delas, é de produção a qualquer custo:

• As amostragens não são científicas.

• Alto volume de produtos defeituosos.

• Os controles são incipientes.

• Alta complexidade no trato com os desvios.

• Os processos são incapazes, não dominados.

• Dezenas de records de produção, sem as vendas correspondentes.

Uma evidente característica de gestão de rotina, na fábrica, para a administração defensiva da qualidade, não é “Garantia da Qualidade nos Processos”, mas “Garantia ainda baseada na Inspeção”. Em suma, não há controle efetivo do Processo, como conceituado no TQC – Total Quality Control.

Produto com defeito é quase uma normalidade, ao passo que deveria ser uma pequena exceção (1 PPM – 1 parte por milhão, ou seja: 1 defeituoso em 1 milhão de produzidos).

A complexidade que implica na administração dos produtos defeituosos é de elevado contratempo e desperdício (cerca de 40% a 50% do faturamento bruto, com as vendas e comercialização de nossa empresa, de prejuízos/ano – que se converteram em valores embutidos nos custos de nossa fabricação).

Se nosso faturamento bruto for de R$ 1 milhão, temos embutidos custos da má qualidade, em tudo que fazemos, na ordem de R$ 400 mil a R$ 500 mil. Ou seja, poderíamos estar produzindo tudo ao custo de R$ 500 mil a R$ 600 mil, vendendo nossa produção por estas receitas totais, beneficiando os clientes e usuários, e, ainda, termos uma boa LUCRATIVIDADE.

A má qualidade, e a ineficiência, agregam disfunções de alto custo nos preços das mercadorias, na faixa de 40% a 50%. Se a mercadoria tivesse um preço de venda na ordem de R$ 10,00 a unidade, não fossem estes custos das disfunções, poderíamos vendê-las aos preços na faixa de R$ 5,00 a R$ 6,00 por unidade. A MÁ QUALIDADE ANIQUILA OS NEGÓCIOS ...

Em verdade, esta análise exploratória, é uma análise crítica de contribuição ao reforço do TQC – Total Quality Control, para aconselhamentos, por parte do seu Superintendente Geral de Garantia da Qualidade, aos diversos comitês da Qualidade Total, numa empresa bem organizada para a correta administração da qualidade.

É um alerta para a real busca da competitividade e produtividade.

O desgaste moral do pessoal diante do ritmo exaustivo de produção, tendo que repor as perdas por desvios ou sucateamentos, defeitos e paradas, trabalhando no limite especificado de produção dos equipamentos é inibidor a médio e longo prazo da assimilação da “Qualidade em Primeiro Lugar”.

A empresa que ainda trabalha no “velho paradigma”, da administração defensiva da qualidade, apesar do aparente sucesso e dos lucros (que podem aumentar mais ainda), antes de iniciar sua caminhada para o TQC - Total Quality Control precisa aprender a praticar a ANÁLISE EXPLORATÓRIA DA QUALIDADE.

Características

Número de páginas 95
Edição 1 (2013)
Idioma Português

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Fale com o autor

Lewton Burity Verri

PÓS GRADUAÇÃO - UBM - Centro Universitário de Barra Mansa - RJ

Pós Graduação em Licenciamento e Gestão Ambiental

Barra Mansa / RJ – Brasil - 2011 – 2012 – Concluído em outubro/2012

GRADUAÇÃO - UFF - Universidade Federal Fluminense

Engenharia Industrial Metalúrgica - Volta Redonda / RJ – Brasil - 1972 – 1974 e Básico de Engenharia Mecânica na Escola Naval, de 02/02/1970 a 02/02/1972.

EMPRESAS EM QUE TRABALHEI: CSN, SERCO, ABRACOOP, FACULDADE ANGLO LATINO - SP, FACULDADE SUL FLUMINENSE.

CARGOS EXERCIDOS: De engenheiro estagiário a engenheiro sênior, na industrialização, com atuação na alta administração: foi assessor técnico da Presidência, foi Vice Presidente e Diretor Técnico de empresa de engenharia, foi Presidente de ONG, Professor do Ensino Superior.

Possui 48 mil horas em engenharia industrial e metalúrgica, administração da produção e do controle da qualidade, assistência técnica aos clientes, especificação de processos siderúrgicos, auditorias da qualidade, projetos e desenvolvimento de novos produtos, projetos de experimentos laboratoriais e industriais, controle estatístico e planejamento da produção, exportação de produtos, normalização e padronização de produtos e processos, desenvolvimento de sistemas de informações, desenvolvimento de sistemas de controle da qualidade, pesquisas, estudos científicos e projetos de experimentos, implantação de ISO 9000, ISO - 14000, implantação de TQC - Total Quality Control (especialização no Japão – 1991 – 180 horas), implantação de CCQ - Círculos de Controle da Qualidade e assessoramento técnico da presidência da CSN e do Conselho de Administração.

Engenheiros Blog: www.engenheiros.blog.br

Comentários

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3 comentários
Fabio Ernani Scherer
Sexta | 20.09.2013 às 16h09
Olá, parabéns pelo seu livro! Se quiser, assista este video e divirta-se: http://www.youtube.com/watch?v=G4VS5MoshsM
CARLOS EDUARDO MOTA LOPES
Sábado | 01.06.2013 às 16h06
Lewton, tudo bem! Parabéns pelo livro, desejo sucesso! Marquei com 5 estrelas, GOSTEI DO TEMA Também sou escritor do clube de autores e Também tenho obras publicadas (Liderança, sucesso profissional e poesias). Faço incentivo à leitura, envio um e-book à todos que acessarem meus livros no clube de autores e deixar um comentário e avaliar entre uma à cinco estrelas. Autor Carlos Eduardo mota Lopes. Boa sorte com seus livros.
luvimacos
Quinta | 23.05.2013 às 15h05
livro muito interessante, 5 estrelas merecidas. o meu link e https://www.clubedeautores.com.br/authors/87145. https://www.agbook.com.br/authors/87145 e o blog www.luvimacos.blogspot.com