CALEBE
“Filho de Jefoné, da Tribo de Judá”
CHAMADO PARA CONQUISTAR
– Porque nele houve outro espírito –
CAPÍTULO ‒ 1
Criação do Céu e da Terra
“Pela fé, entendemos que os mundos, pela palavra de Deus, foram criados; de maneira que aquilo que se vê não foi feito do que é aparente”. (Hebreus 11.3)
A primeira grande verdade da Bíblia é que Deus criou os Céus, a Terra e o ser humano. O Livro de Gênesis não é alegórico, assim, é necessário que se considere a narrativa da – criação um fato histórico; algo que aconteceu exatamente como está escrito.
Tempo: Ainda que, a Bíblia não confirmando, cremos que a primeira ação de Deus foi a criação do tempo. Isto porque a obra divina, ainda concebida na “eternidade”, apenas poderia ser consumada na temporalidade. Apenas o Criador é eterno. A criação sujeita-se ao tempo, exigindo intervenções e cuidados divinos. “Lançou os fundamentos da terra; ela não vacilará em tempo algum”. (Salmos 104.5)
Espaço: Significado? Trata-se do tecido cósmico que Deus criou para colocar os corpos celestes. Porquanto, o espaço também é criação divina. “E chamou Deus à expansão Céus, e foi a tarde e a manhã, o dia segundo”. (Gênesis 1.8)
Céus e Anjos: Os Céus, é a morada do Deus Todo Poderoso, ainda que foram eles criados em um contexto de espaço-temporal, eis a sua simples razão de ser: Pelo que, sendo fora de nossa dimensão – não deixa de ser, portanto, um lugar bem real. Para lá, digo, é que as almas de todos os justos são conduzidas.
Por outro lado, através da expansão dos Céus, Deus chamou à existência os Seus anjos, pelo sopro de Sua boca, assim, Ele o fez – “Pela palavra do Senhor foram feitos os céus, e todo o exército deles pelo espírito da sua boca”, (Salmos 33.6). Porquanto, neles, o Senhor, também, infundiu à Sua imagem e semelhança.
Terra Informe: Deus formou a Terra antes dos seis dias da criação. A princípio, ela era informe e vazia, pelo que ainda deveria ser totalmente modelada pelo Espírito de Deus, até que viesse a adquirir sua forma atual.
“E a terra era sem forma e vazia; e havia trevas sobre a face do abismo; e o Espírito de Deus se movia sobre a face das águas”. (Gênesis 1.2)
Queda do Homem
O homem caiu através do engano de suas “próprias palavras” (voz estranha à voz do Criador) que já não mais o homem glorificava continuamente a Deus; como também os seus relacionamentos em muitas vezes são controlados pelo egoísmo instintual, porém, não mais pelo amor de Deus. “Amarás, pois, o Senhor teu Deus de todo o teu coração, e de toda a tua alma, e de todas as tuas forças”. (Deuteronômio 6.5)
Embora o homem ainda seja a imagem de Deus, isto é, que “no interior do homem contém um pacote de ferramentas necessárias, a fim de que, se ativadas em Cristo Jesus, pela fé, Palavra de Deus, o homem, de glória em glória, será transformando” em cada aspecto da vida alguns elementos dessa imagem foram distorcidos ou perdidos.
"Eis aqui, o que tão-somente achei: que Deus fez ao homem reto, porém eles buscaram muitas astúcias". (Eclesiastes 7.29)
– Permanecemos, então, a imagem de Deus ainda?
– Somos como Deus, ainda representamos a Deus?
Pois é, não dá para disfarçar, pois, a imagem de Deus em nós está totalmente distorcida; a verdade é que, não somos mais plenos em Deus (imagem-retidão e semelhança-justiça), como éramos antes de surgir o pecado, invadir e dominar o coração do homem.
“Porque todos pecaram e destituídos estão da glória de Deus”. (Romanos 3.23)
“Quando pecarem contra ti pois não há homem que não peque, e tu te indignares contra eles, e os entregares às mãos do inimigo, de modo que os levem em cativeiro para a terra inimiga, quer longe ou perto esteja”. (1 Reis 8.46)
Portanto, importante é, que nós compreendamos o real significado da imagem de Deus, não pela observação de como os seres humanos vivem, hoje, mas através das indicações bíblicas da natureza de ‘Adão e Eva’, quando Deus os criou, e quando tudo o que Deus criara era “muito bom”.
“E viu Deus tudo quanto tinha feito, e eis que era muito bom; e foi a tarde e a manhã, o dia sexto”. (Gênesis 1.31)
A verdadeira natureza do homem à imagem de Deus, também se revelou na vida terrena de Cristo. A plena medida da excelência da nossa humanidade só se verá novamente na terra quando Cristo voltar (2ª Vinda de Jesus) e tivermos recebido todos os benefícios da salvação que ele conquistou para nos.
“Porque, qual é a nossa esperança, ou gozo, ou coroa de glória? Porventura não o sois vós também diante de nosso Senhor Jesus Cristo em sua vinda? ”. (2 Tessalonicenses 2.19)
A redenção em Cristo é a recuperação gradual da imagem que, em parte, de Deus o homem perdeu, ao longo de todas as gerações. É animador abrir o Novo Testamento e ver que nossa redenção em Cristo significa que podemos, mesmo nesta vida, gradualmente crescer cada vez mais na graça e no conhecimento. Por exemplo: Paulo diz que como cristãos temos uma nova natureza: “E vos vestistes do novo, que se renova para o conhecimento, segundo a imagem daquele que o criou”. (Colossenses. 3.10)
À medida que vamos crescendo no verdadeiro conhecimento de Deus, da Sua Palavra e do Seu sistema de governo, começamos a pensar cada vez mais nos pensamentos que o próprio Deus tem a nosso respeito.
“Porque eu bem sei os pensamentos que tenho a vosso respeito, diz o Senhor; pensamentos de paz, e não de mal, para vos dar o fim que esperais. Então me invocareis, e ireis, e orareis a mim, e eu vos ouvirei. E buscar-me-eis, e me achareis, quando me buscardes com todo o vosso coração”. (Jeremias 29.11-13)
Dessa forma somas refeitos “para o pleno conhecimento” e nos tornamos mais semelhantes a Deus no nosso pensar. "somos transformados, de glória em glória, na sua própria imagem”.
Ao longo desta vida, à medida que crescemos em maturidade cristã (graça e conhecimento do reino de Deus), aumenta a nossa semelhança com Deus. Mais especificamente, estamos nos tornando cada vez mais semelhantes a Cristo, na nossa vida e no nosso caráter.
De fato, Deus nos redimiu para que sejamos “Porque os que dantes conheceu também os predestinou para serem conformes à imagem de seu Filho, a fim de que ele seja o primogênito entre muitos irmãos” (Romanos 8.29), tendo assim exatamente o mesmo caráter moral de Cristo.
Na 2ª volta de Cristo, haverá uma completa restauração da imagem de Deus. A admirável promessa do Novo Testamento, que embora ainda sejamos, hoje, como Adão sujeitos a morte e ao pecado, por outro lado, também seremos como Cristo no futuro (imagem tridimensional das coisas que não se via), portanto, seremos moralmente puros, jamais sujeitos a morte novamente.
“E, assim como trouxemos a imagem do terreno, assim traremos também a imagem do celestial”. (1 Coríntios 15.49)
A plena medida da nossa criação a imagem de Deus não se vê na vida de Adão, que pecou, nem na nossa vida própria atual, pois somos imperfeitos.
Número de páginas | 110 |
Edição | 11 (2018) |
Formato | A5 (148x210) |
Acabamento | Brochura c/ orelha |
Coloração | Preto e branco |
Tipo de papel | Offset 75g |