Dom João III estava mais peculiarmente atento à prosperidade e ao impulso do Brasil, que qualquer outro dos soberanos portugueses, com exceção do atual monarca, João VI, cuja administração salutar do poder na parte transatlântica de seus domínios pode ser considerada como o resultado desses eventos importantes na Europa, o que levou à remoção da Família Real para esta região e a conseqüente introdução de uma relação mais liberal com outras nações. Mas esses benefícios são apenas os alvoreceres da civilização e da melhoria futura.
João III, em cumprimento de seus bons desejos em relação ao Brasil, determinado a dividir a costa em capitanias, e aquele denominado Maranhão, foi apresentado por Sua Majestade ao historiador João de Barros. É provável que esta parte da costa tenha adquirido esse nome da circunstância de Yanez Pinzon, após sua descoberta do Cabo de Santo Agostinho, tendo entrado no golfo ou na foz de um grande rio, que era incontestavelmente o Amazonas e cujas águas não possuindo as qualidades salinas do oceano, ele chamou Mara-non, (não o mar). Daí seguiu a denominação portuguesa deste território Maranhão e Maranham pelos ingleses, resultantes da falsa noção que os portugueses inicialmente perceberam que era o grande rio. O donatário, João de Barros, sendo um homem de espírito nobre e decidido a fazer o máximo para a colonização desta importante doação, unida aos seus próprios meios inadequados, os Cavalheiros Fernando Alvarez e Ayres da Cunha. Foi acordado unânime que Ayres da Cunha deveria ser confiado com o assentamento da colônia, que navegou de Lisboa em 1535, constituída por novecentas pessoas, incluindo dois filhos do donatário, com a adição importante de cento e treze cavalos.
Número de páginas | 26 |
Edição | 1 (2018) |
Formato | A4 (210x297) |
Acabamento | Brochura |
Tipo de papel | Offset 75g |