A análise histórica e filosófica das relações entre ciência e fé é de inquestionável atualidade, além do que ela inclui questões fundamentais a serem discutidas sob a perspectiva da filosofia da ciência ou da epistemologia, de um lado, e da própria historiografia, de outro. Questões fundamentais da cultura moderna e contemporânea se desenvolveram na esteira do entrelaçamento ou dos conflitos entre as crenças religiosas e o conhecimento científico. De Galileu a Darwin, da teoria da relatividade à descoberta do genoma, dos processos da Inquisição ao Concílio Ecumênico Vaticano II percebe-se um movimento profundo de renovação das discussões sobre o tema. Os recentes desafios teóricos da bioética (no que diz respeito ao uso de células tronco, para citar apenas um exemplo) fizeram confluir, numa mesma arena, discursos científicos e religiosos cujos desdobramentos implicam em consequências decisivas para a sociedade. Ajudar a compreender estes movimentos, suas razões históricas e seus pressupostos filosóficos é, pois, a razão deste livro. Assim, o presente estudo objetiva analisar as relações entre a Igreja Católica e as “instituições científicas”, a partir da Modernidade, sublinhando-se dois casos em particular: de um lado, o de Galileu (1564-1642), no que tange às discussões acerca da física copernicana em contraposição ao modelo do geocentrismo ptolomaico; de outro lado, o caso de Teilhard de Chardin (1881-1955), no que respeita à sua posição em relação à teoria da evolução de Darwin.
Número de páginas | 178 |
Edição | 1 (2017) |
Formato | A5 (148x210) |
Acabamento | Brochura c/ orelha |
Coloração | Preto e branco |
Tipo de papel | Offset 90g |