O homem se decompõe, seu corpo é poeira, toda a sua prole pereceu; mas um livro o faz lembrado por intermédio da boca daquele que o recita. Melhor é um livro do que uma casa bem construída, do que as capelas tumulares no Ocidente; melhor ainda do que uma sólida mansão.
(Papiro Chester Beatty IV)
Quando o grande Império Persa começou a se dissolver, os generais de Alexandre dividiram entre eles os territórios conquistados. Ptolomeu ficou com o Egito, assumiu o governo e se declarou faraó.
Ptolomeu I Soter, usou o nome egípcio de Meryamun Setepenre que significa Amado de Amon, Escolhido de Ra. Alguns dizem que ele inclusive casou com uma filha de Nectanebo II, não se sabe se é verdade. Ptolomeu I teve algumas esposas e muitos filhos.
No governo do Egito, Ptolomeu I deu toda atenção aos sacerdotes, que mantinham o povo calmo e satisfeito. Através de negociações e casamentos, esse rei consolidou a posição política do Egito. Soube conquistar a simpatia do povo, mandando recuperar os templos destruídos pelos persas. No campo religioso, ele uniu as religiões egípcia e grega, instituindo um culto ao deus Serapis.
Começou a construção do Farol de Alexandria (embora tenha falecido antes que ficasse pronto) que foi uma das sete maravilhas do mundo antigo.
Homem culto e sábio, ergueu o Mouseion, a antiga e famosa universidade de Alexandria. Também foi ele quem criou a Biblioteca de Alexandria, que obsessivamente encheu de manuscritos.
Ptolomeu I também é conhecido por ter traduzido uma Bíblia hebraica para o grego, além de ser, ele próprio um escritor, sendo o autor da história de Alexandre o Grande.
Contudo, Ptolomeu talvez não tenha percebido que estava segregando o povo egípcio, afinal, Alexandria era praticamente uma cidade grega e os egípcios viviam completamente afastados do poder.
Ptolomeu I Soter foi sepultado, provavelmente em Alexandria, mas não se sabe quase nada a respeito da necrópole da cidade.
Ptolomeu II Philadelpho I - provavelmente foi co-regente de seu pai Ptolomeu I Soter. Escolheu o mesmo nome que seu pai, Meryamun Setepenre que significa Amado de Amon, Escolhido de Ra.
Seu reinado foi muito bem sucedido porque seu pai havia deixado o Egito, politicamente estável e expandido suas terras no Mediterrâneo. Além disso, seus projetos culturais, como a Universidade e Biblioteca de Alexandria foram complementados por Ptolomeu II, que convidou sábios de outras terras para ali ensinar. Este era o maior centro intelectual da antiguidade, com milhares de manuscritos, e era ao mesmo tempo local de ensino e pesquisa. O local ideal para os sábios trocarem suas experiências.
É dito que Ptolomeu II se portava como um mecenas para os professores, sábios, poetas e homens brilhantes em geral, mas em troca gostava de ser por eles glorificado e tratado como um deus. Foi Ptolomeu II quem pediu a Mâneton que escrevesse a história do Egito, e o escritor dedicou sua obra ao rei.
Ptolomeu II nasceu em Cós(uma ilha grega do Dodecaneso, próxima ao golfo de Cós). Ele teve os melhores tutores e a melhor educação possível, afinal seu pai aprendeu isso na Macedônia, onde o jovem Alexandre teve como tutor o famoso Aristóteles. Contudo, parece que os Ptolomeus possuíam uma habilidade inata para a ambição, a luxúria e a intriga.
No seu governo, a capital, Alexandria, cresceu tanto que foi dividida em três distritos, Rhakotis, o distrito dos egípcios, Bruchium distrito dos nobres greco-macedônios e o distrito judeu, que era tão grande quanto o dos gregos.
Infelizmente, no reinado dos Ptolomeus, o Egito sempre pareceu um país dividido. Afinal, a maioria dos gregos jamais se preocupou em aprender a língua do país, é dito que a mais famosa e última governante da linhagem, Cleópatra VII foi a única a aprender o egípcio. Portanto, embora usassem um exército de tradutores para se comunicar, o fato é que não havia ligações entre os governantes, os gregos e o povo egípcio.
Número de páginas | 89 |
Edição | 1 (2017) |
Formato | A4 (210x297) |
Acabamento | Brochura |
Tipo de papel | Offset 75g |