AS REVOLUÇÕES INTERNAS NO PERÍODO REGENCIAL BRASILEIRO

Por Ademar da Silva Campos

Código do livro: 479022

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Referência, Literatura Nacional, Educação

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Sinopse

É importante evidenciar que o período regencial foi marcado por muitas agitações internas, que incluíram desde motins e levantes na corte até movimentos de maior amplitude, como a Cabanagem Sabinada, a Balaiada, a Revolta dos Malês, e a Revolução Farroupilha. É importante ressaltar que as Revoltas Regenciais foram rebeliões ocorridas em todo o Brasil durante o Período Regencial (1831-1840). Foi uma época marcada pela instabilidade política (falta de um governante unificador), adicionada às más condições de vida da população. Cada revolta teve outras causas locais, mas só houve uma estabilização geral com o Golpe da Maioridade. No Pará, uma minoria branca, composta de pequenos comerciantes portugueses, franceses e ingleses estava concentrada em Belém, por onde fluía uma pequena produção de tabaco, borracha, cacau e arroz. A maioria da população era formada por indígenas, negros escravos e dependentes. Com uma tropa formada com negros e indígenas em sua base, a Cabanagem atacou e conquistou Belém, adentrando-se até o interior. Os revoltosos declararam a Independência do Pará, mas não apresentaram nenhuma saída efetiva para o estado. Os ataques concentravam-se aos estrangeiros e aos maçons e defendiam a Igreja Católica, D. Pedro II, o Pará e a liberdade, embora não tenham abolido a escravidão, mesmo com muitos africanos entre os cabanos rebeldes. A rebelião foi vencida pelas tropas legalistas. Já o nome dado à revolta, Sabinada, remete ao nome de seu principal líder, Sabino Barroso, um jornalista e professor da Escola de Medicina de Salvador. Ocorrida em Salvador, na Bahia, a revolta tinha uma boa base de apoio, especialmente entre as classes médias e comerciantes de Salvador, que já apoiavam ideias federalistas e republicanas. O movimento segregou os escravos entre nacionais – nascidos no Brasil – e estrangeiros – nascidos na África – e buscou comprometimento em relação aos escravos. Caso a revolta tivesse sucesso e a tomado do poder se concretizasse, os escravizados nacionais que tivessem pegado em armas seriam libertados. Mas, as forças governamentais logo recuperaram a cidade de Salvador, numa luta violenta que gerou aproximadamente 1800 mortes. A Balaiada foi uma revolta que aconteceu no Maranhão, iniciada por conta de disputas entre as elites locais. Em uma área ao sul do Maranhão, com pequenos produtores de algodão e criadores de gado. Os revoltosos tiveram como líderes Raimundo Gomes e Francisco dos Anjos Ferreira, um vendedor de balaios. É de sua profissão que vem o nome da revolta maranhense. Enquanto Ferreira tinha uma motivação pessoal ao entrar na revolta – vingar sua filha violentada por um capitão da polícia, Cosme, um outro líder, aparece à frente de três mil escravos fugitivos que se juntaram à Balaiada. Os revoltosos saudavam a Igreja Católica, a Constituição e D. Pedro II e não apresentavam grandes preocupações sociais ou econômicas. Logo foram derrotados, em meados de 1840, pelas tropas do governo. O líder Cosme foi enforcado em 1842 enquanto a anistia aos revoltosos esteve condicionada à reescravização dos negros rebeldes. A Revolta do Malês foi organizada por muçulmanos de origem Iorubá – nagôs – que moravam na Bahia. Durou menos de um dia, mas é uma importante revolta que demonstra a organização entre os sujeitos escravizados no período. Com a maioria da população de origem africana, esta era uma questão latente na Bahia. Escravos e libertos urbanos circulavam pela cidade e dividiam os trabalhos diários – e às vezes até as moradias – formando laços de sociabilidade e solidariedade, que facilitavam as ações políticas. Os trabalhadores urbanos mais alguns escravos de engenho decidiram se rebelar com a intenção de formar uma Bahia Malê, que seria controlada por africanos, tendo à frente representantes muçulmanos. Mesmo intencionando a tomada de poder, logo a revolta foi controlada. A Revolução Farroupilha ou Guerra dos Farrapos Foi a mais longa e duradoura das revoltas do período regencial, iniciada por conta de aumentos de impostos. Mas, em 20 de setembro de 1835 foi proclamada a República Rio-Grandense, tendo como líder Bento Gonçalves que governou a província em 1837. Com o comando de Giuseppe Garibaldi proclamaram em Santa Catarina a República Juliana. A revolta ultrapassou o período regencial e só foi finalizada no segundo reinado.

Características

ISBN 978-85-60212-69-9
Número de páginas 52
Edição 1 (2022)
Formato A4 (210x297)
Acabamento Brochura s/ orelha
Tipo de papel Polen
Idioma Português

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Fale com o autor

Ademar da Silva Campos

Sou professor de Geografia e Geógrafo. Possuo mais de 30 anos de docência, sendo 6 anos no ensino superior. Natural de Belém, capital do estado do Pará.

Tendo experiência na área de Geografia, com ênfase em Geografia e com Especialização em Metodologia do Ensino Superior e História da Amazônia possuindo livros didáticos publicados e para-didáticos nesta área. Participou da mesa elaboradora de processos seletivos em algumas faculdades privadas no Pará e Amapá, tais como: FIBRA, UVA, FAZ e IMMES. Foi membro do Conselho Deliberativo do Clube do Remo na gestão do então presindente Dr. Ubirajara Salgado no período 2002-2006. Foi coordenador do processo seletivo da Universidade Vale do Acaraú em diversos municípios dos Estados do Pará e Amapá, a saber: Portel(2002), Breves(2003), Rodon do Pará(2004), Abaetetuba(2005), Redenção(2005) e Melgaço(2007) no Pará; Calçoene, Tartarugalzinho, Santana, Macapá, Mazagão e Laranjal do Jari (no Amapá) todos em 2006. Atuou na Universidade Vale do Acaraú(UVA) - Pa de Agosto de 2006 a Julho de 2011. Atua como professor no Sistema de Organização Modular de Ensino (SOME) no Estado do Pará, URE 11, nas disciplinas de Geografia e Estudos Amazônicos. É docente desde 1983 na Secretaria de Estado de Educação (SEDUC-PA).

Nome do link: Conjunto Ipaupixuna

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