“A Estrada e o Tempo” fala de escolhas, que, muitas vezes, são influenciadas pelo comportamento de uma sociedade cujos valores são voltados ao dinheiro e ao poder. Transitando entre dois universos opostos: a zona de miséria e os ricos casarões do bairro nobre de uma antiga cidade, o autor narra sobre circunstâncias que envolvem ganância, soberba, hipocrisia, assassinato, remição e o amor, ao mesmo tempo em que, de um modo irônico-trágico, critica as estruturas sociais dos grandes centros urbanos e o descaso das instituições públicas. Apesar de não ter sido explicitado na obra – talvez na tentativa de causar no leitor uma sensação de que tudo é pura ficção –, o romance é ambientado na cidade do Recife, entre os anos sessenta e oitenta, inserido em um contexto político-social turbulento seguido da redemocratização do país. Os relatos trazidos acerca das intervenções urbanísticas, ocorridas na região central da cidade (ainda no início do século vinte), não são meros frutos da imaginação do autor, e sim o retrato de uma realidade na qual se observou a retirada de centenas de moradores e comerciantes, sob o pretexto de inserir a cidade no "circuito das cidades modernas"; acarretando, como consequência, a formação de bolsões de miséria, os quais se espalharam no decorrer dos anos.
ISBN | 978-65-902-1020-3 |
Número de páginas | 402 |
Edição | 1 (2019) |
Formato | A5 (148x210) |
Acabamento | Brochura c/ orelha |
Coloração | Preto e branco |
Tipo de papel | Polen |
Idioma | Português |
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