AMARAVILA é um livro de poemas urbanos em que o amor, a dor, as lembranças e a passagem do tempo tecem a trama e a cartografia da cidade (São Paulo), revisitada pelo poeta depois de longo exílio. O estilo tipográfico faz o registro de época, como se a obra tivesse sido impressa numa antiga gráfica em que o tipógrafo, dispondo de poucos tipos móveis, usa os que tem apanhando-os ao acaso, o que resulta numa composição aparentemente confusa e desleixada, com maiúsculas e minúsculas misturadas entre si e as palavras emendadas umas às outras. Todavia, esse é seu ponto forte, pois exige do leitor demorar-se mais em cada verso, lendo-os sílaba por sílaba, palavra por palavra, contrapondo-se à leitura apressada e muitas vezes superficial dos textos bem compostos. Exige atenção, sagacidade e paciência, bom para quem gosta de descobrir, de experimentar e de enfrentar novos desafios. Em AMARAVILA, a poesia nasce através do olhar do leitor.
A composição tipográfica deste livro não é novidade. Trata-se da aplicação livre e menos rigorosa, da Scriptio Continua, praticada no grego e no latim antigos, no espanhol e no galego-português arcaicos. Nessa escrita, não há pontuação e o texto é uma única e extensa palavra, só utilizando maiúsculas. Cabia ao leitor da época, então, identificar, no "palavrão", aquelas palavras emendadas que o formavam, e que, segundo sua percepção, mais lhe faziam sentido. Com o advento do sistema de pontuação, séculos depois, a Scriptio Continua desapareceu.
ISBN | 978-65-266-4237-5 |
Número de páginas | 117 |
Edição | 1 (2025) |
Formato | A5 (148x210) |
Acabamento | Brochura c/ orelha |
Coloração | Preto e branco |
Tipo de papel | Polen |
Idioma | Português |
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