Na beira do abismo sento, observo, tremo e quase choro...
O vento bate em meu rosto, sem piedade alguma, enquanto os segundos correm igual as teclas dedilhadas do velho piano. Tudo vai perdendo a cor, principalmente as paredes desta triste cela que eu mesmo construí...
Tento abrir minhas asas, mas as engrenagens enferrujadas se recusam à funcionar. Os culpados são os muitos voos que fiz em passadas eras, eras que nunca mais voltarão, até as que aconteceram há um minuto atrás...
Todas as minhas feridas latejam em forma cadenciada, não sei em qual estilo musical, mas juro que isso acontece quase sempre. O destino ri da minha cara, está totalmente coberto de razões...
Era um sonho bem antigo este, perpetuar em palavras o que a boca se recusou à falar. Tentar controlar os versos como quem galopa em planícies atrás de cavalos selvagens e acabar tomando várias quedas...
Número de páginas | 156 |
Edição | 1 (2021) |
Formato | A5 (148x210) |
Acabamento | Brochura c/ orelha |
Tipo de papel | Offset 90g |
Idioma | Português |
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