Naquela noite fria, as cortinas brancas balançavam vagarosamente como se estivessem embaladas por uma sinfonia orquestral. Quem via aquela cena, a princípio, notava a beleza que aquele simples movimento causava, mas com uma certa atenção, conseguia enxergar a lamúria e o sofrimento que brotava das memórias marcadas como manchas naquele fino tecido. Memórias de dor, de sofrimento, de horror e de agonia. Nada se sabia a respeito dos motivos que faziam aquelas tiras de pano lisas e brancas viverem manchadas de sangue. Um sangue seco, desbotado e há muito sem vida. Assim era o restante das paredes e mobílias daquele lugar. Onde a felicidade nunca se fez presente e a loucura parecia ser a melhor das companhias. Esse era o sentimento que emanava da Santa Casa de Misericórdia. De longe, uma figura macabra vigiava o lugar, seus olhos amarelados pelo tempo transbordavam a mais pura maldade existente entre o natural e o sobrenatural. Seu nome? ROSE.
Essa história é inspirada no Manicômio de Barbacena-MG, que enterrou mais de sessenta mil pacientes.
Número de páginas | 149 |
Edição | 1 (2024) |
Formato | A5 (148x210) |
Acabamento | Brochura c/ orelha |
Coloração | Preto e branco |
Tipo de papel | Polen |
Idioma | Português |
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