No caos eu brilho

Esses textos foram escritos entre 2009 e 2025, por uma pessoa só. Mas são muitas mulheres presentes nessa obra.

Todas as mulheres que já fui: jovem, amiga, namorada, mãe, esposa, amante, filha, sábia, revoltada, conselheira, insegura, forte, cansada, frustrada, feliz, perdida, desconfiada, confiante, imatura, sagaz, honesta, mentirosa, corajosa... mas nunca silenciada.

Nunca me permiti silenciar. Ou talvez até tenha me permitido, mas não tenha sido capaz. Tinha que escrever.

O que todos esses textos têm em comum é a vontade de pôr para fora o que já não cabia dentro a fim de dar espaço para que outras coisas pudessem brotar. E brotaram. E ainda brotam.

Poucos olhos passaram por esses escritos, e tenho certeza de que menos ainda foram os corações que os tenham compreendido.

Lilê Aurata foi o nome escolhido para representar a fusão de todas essas mulheres e permitir que mais olhos e corações se acendam com essas palavras, supondo que isso seja possível.