Mayane era linda, branca; parecia de mármore. Pernas bem torneadas, bumbum empinado, barriguinha sexy - usava um piercing. Seios roliços e protuberantes, cabelos cor de ouro encaracolados, olhos verdes, lindos, inebriantes, boca carnuda, adorava um salto alto para poder rebolar melhor e nisso mostrava que não era uma moça de família. Colocava um vestidinho preto ou quando não, vermelho. A boca também era vermelha de batom e maquiagem carregada, parecia uma bonequinha de marfim...
Sentia-se atraído por ela. O que era para ser só uma aventura, tornou-se um vício, uma loucura.
Agora estava ali, ele, uma garota que mal conhecia e um pires cheio de cocaína, um cinzeiro repleto de pitacos de cigarros de maconha, uma garrafa de uísque pela metade em suas pernas, ouvindo música de terceira categoria no DVD.
Parado no mirante mais alto da cidade ele observava as luzes lá embaixo. O que ele estava fazendo ali? Mayane dança em volta do carro, louca, alucinada ao som de uma batida do momento. O carro parado, faróis apagados. Do alto da serra Max observa a noite, as estrelas, agora tão próximas. Mayane dança, ele sai do carro, abraça-se a ela, copo de uísque na mão, rodopiando, rodopiando, rodopiando, ao som da música. Sente seu calor, o calor do seu corpo, seu corpo suado, seu perfume exalando, inebriando seu cérebro. O rodopio, as luzes, o calor, seu cheiro e, de repente aquele cheiro...
Número de páginas | 93 |
Edição | 2 (2010) |
Formato | A5 (148x210) |
Acabamento | Brochura c/ orelha |
Coloração | Preto e branco |
Tipo de papel | Offset 75g |
Idioma | Português |
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