As ruínas silenciosas que margeiam a BR-316, em Marituba, escondem muito mais do que o tempo ousou apagar. Sob o lodo denso do antigo Engenho Uriboca, um artefato forjado no cosmos e batizado em sangue aguardava, por séculos, o momento exato de cobrar sua dívida. Quando o cinzel meteórico de Jamba ressurge em uma escavação arqueológica, o passado colonial deixa de ser uma nota de rodapé para se tornar um pavor vivo, capaz de sequestrar a racionalidade do século vinte e um.
Ao abrir a terrível Porta Sanguinária, a Dra. Renata Bastos e sua equipe descobrem que o ferro não esquece e a terra não perdoa o silêncio. A investigação científica desmorona diante de uma fúria ancestral que atravessa o Atlântico, conectando o Reino de Ndongo à resistência sagrada do Quilombo do Abacatal. Nesta novela visceral, a tecnologia moderna é inútil contra o eco de um chicote que nunca parou de estalar, forçando os vivos a encarar o que a história oficial tentou enterrar.
O autor entrega uma narrativa de simetria impecável e terror profundo, onde cada palavra é moldada com a precisão técnica de um ferreiro. O Cinzel de Uriboca não é apenas um livro; é um portal de reparação histórica que exige coragem do leitor. Atreva-se a tocar neste metal e descubra que algumas feridas nunca cicatrizam — elas apenas aguardam o toque certo para voltarem a sangrar.
| Número de páginas | 100 |
| Edição | 1 (2025) |
| Formato | A5 (148x210) |
| Acabamento | Capa dura |
| Coloração | Preto e branco |
| Tipo de papel | Couche 90g |
| Idioma | Português |
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