Enoque F. Cardozo mexe com a sensibilidade do leitor ao apresentar uma história carregada de mistério, inventando, mistificando e recriando personagens, objetos e criaturas que envolvem o leitor do começo ao fim.
Nesse conto narrado em primeira pessoa em forma de memória (ou relato), somos conduzidos pela jornada de um homem desesperado que passa a revelar o efeito, a causa e consequência na mesma medida em que a loucura o mantém refém dentro de sua própria mente.
Escrito em 2014, “O Gato” é alvo de análise textual. Repleto de simbolismo, o conto é um convite para que os seus entusiastas façam suas apostas acerca da intenção do autor com determinados pontos e características que ele trabalha.
Independente das suposições que os leitores façam a respeito da história, é indiscutível que mesmo para aqueles que não gostam desse tipo de leitura irá se render aos mistérios contidos no enredo. Ainda mais quando o autor vai até o espaço limítrofe da consciência humana para cobrar dele um posicionamento quanto à questão de ser um homem racional ou supersticioso. Mais do que isso, ele também cobra do seu leitor uma análise dos seus sentimentos.
É tão forte esse ponto, que é impossível não se estarrecer diante do modo magistral que ele transformou uma relação comum – entre bicho de estimação e dono – em algo chocante.
Leório Campos de Briho. 2016
ISBN | 978-85-602-1200-2 |
Número de páginas | 34 |
Edição | 2 (2019) |
Formato | Pocket (105x148) |
Acabamento | Brochura s/ orelha |
Coloração | Preto e branco |
Tipo de papel | Offset 75g |
Idioma | Português |
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