O sol carrega em si características que nos aproximam e nos afastam ao mesmo tempo: ele nos permite ver o mundo, embora nos proíba de o encarar diretamente, sob pena de nos cegar. Ele se exibe através do brilho da lua, tornando-se onipresente até quando a Terra lhe dá as costas. Deita-se sobre o oceano, deixando códigos nas ondas, para depois desaparecer subitamente e, na noite, ser nada. A escuridão evoca o medo, mas, originalmente, o temor só pode existir em relação à luz, pois é a luz que desperta a imaginação, é ela que produz a sombra, fenômeno originado da colisão entre dia e noite, entre sol e escuridão completa. Sem esse ponto de origem, o medo se tornaria um estado perpétuo, como a queda de um penhasco – um estado de paranoia contínua. A luz solar, ao estabilizar as formas e posições das coisas – a pedra junto à árvore, o lago à frente das montanhas – permite a constituição da consciência como a conhecemos.
Número de páginas | 153 |
Edição | 1 (2024) |
Formato | Pocket (105x148) |
Acabamento | Brochura s/ orelha |
Coloração | Preto e branco |
Tipo de papel | Polen |
Idioma | Português |
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