Chega-se a um determinado ponto que – todo artista, todas as pessoas que vivem da criação – é preciso definir quais são nossos objetivos e metas para a nossa criação, para a nossa arte.
Felizmente, para mim, ainda não cheguei a esse ponto, a esse momento. Isso me dá muito liberdade para criar sem ter nenhuma sombra, nem mesmo a minha sombra.
Quando escrevi e compilei o que veio a se tornar este livro, "Poesia Urbana", algo que nunca foi planejado, usei e muito dessa prerrogativa. Não me amarrei à nenhuma obra anterior, pelos menos não de minha autoria, afinal essa é a minha primeira obra que escrevo e publico.
Essa é a minha obra - nascente, pura, inocente – que inflamou minha alma durante tanto tempo até esse ponto único e flexivo.
Os versos que seguirão que já foram meus, não mais os são, de todos nós eles os são, mas eles são muito mais seus, leitor, do que meus.
As únicas amarras que poderiam me segurar, de alguma forma, eram minhas influências, as vozes que se confluem em mim, e da qual sou um mero replicador e diluidor obtuso.
Foi com essas ideias em mente que surgiram os versos de "Poesia Urbana", que é ao mesmo tempo um livro e um poema. Quais são os temas aqui? Os mais diversos que possam existir, tendo apenas a cidade, a "pólis", a urbanidade, como base e estrutura. Não há nenhuma fórmula rígida e eterna aqui, há desde formas clássicas e consolidadas, como um soneto, até experimentações semânticas e de sonoridades.
Posso, com certeza, afirmar que um tripé de conceitos define o presente livro. O primeiro pé já vimos que se trata do senso de urbanidade, e quais seriam os dois pés que definem "Poesia Urbana"? Um dos pés que define, ou melhor, sintetiza os poemas que seguem-se é: liberdade, a liberdade, a liberdade de expressão moderna e a liberdade estética e poética; o outro pé desse tripé é o amor pela poesia, principalmente pela poesia feita e expressa em lusitano léxico. Com a língua portuguesa como base, esses pequenos versos que se apresentam aos seus pés estão elevados em um pináculo forte e maciço que o fazem ficar humildemente no ombro de verdadeiros gigantes da arte, em todo o Mar Português.
"Poesia Urbana", tanto o livro quanto o poema, então, são um eterno bailado entre o senso de urbanidade, o amor pela poesia em lusitano léxico e a liberdade criativa.
Número de páginas | 197 |
Edição | 1 (2014) |
Formato | A5 (148x210) |
Acabamento | Brochura c/ orelha |
Coloração | Preto e branco |
Tipo de papel | Offset 75g |
Idioma | Português |
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