Representamos o mundo em nossa consciência, mas apenas o tanto de mundo que faz coerência com nossos conceitos, bem como só o que conseguimos traduzir pela linguagem. A partir disto nossas ações terão por base sempre os mesmos conceitos já firmados no passado, como também sempre poderão ser descritas pela linguagem. Não teremos com isso mais do que repetições. Ao eleger a intuição como modo de contato com a realidade, Bergson busca a remoção dos obstáculos que a inteligência introduziu apenas por comodidade para suas operações de cálculo, medição e previsão e que se transformaram em um filtro da realidade. Removidas as mediações simbólicas teremos diante de nos uma visão mais completa do mundo que nos cerca, tanto quanto um campo francamente aberto para nossas ações. Se para Bergson a idéia de duração traduz de modo mais fiel a realidade do que o conceito de tempo, não é menos verdade para ele que o passado se consubstancia com o presente numa interpenetração indissociável que culmina num presente único e singular.
Número de páginas | 144 |
Edição | 1 (2019) |
Formato | A5 (148x210) |
Acabamento | Brochura c/ orelha |
Coloração | Preto e branco |
Tipo de papel | Polen |
Idioma | Português |
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