Ela nasceu e já teve a sua voz calada, seus passos não a pertenciam e seu destino estaria nas mãos de um algoz, daquele que via nela, tão pequena e frágil, um objeto a ser comercializado, um objeto que deveria ser conduzido como melhor o parecesse.
Não fora dado a pobre mãe preta o direito de criar seus filhos, foram de seus braços arrancados e ela sangrava da dor.
Eles seguiram a vida, mas que vida? Foram acorrentados, espancados, tiraram suas roupas, suas crianças e mulheres, não conheciam a dignidade e suas cabeças foram feitas para abaixar, o sangue feito para escorrer e seus rostos para derramar, derramar lágrimas e suor, lágrimas e suor, apenas.
Uma coisa ninguém sabia, a cor da pele trás diferença sim, a cor negra é a cor da força, da garra e do trabalho, cabe em si toda resiliência do mundo e, no peito negro, é no negro sim, é onde se encontra o amor mais puro que se pode existir, a voz presa, mas logo há de gritar.
ISBN | 9786500618228 |
Número de páginas | 175 |
Edição | 1 (2023) |
Formato | A5 (148x210) |
Acabamento | Brochura c/ orelha |
Coloração | Preto e branco |
Tipo de papel | Couche 150g |
Idioma | Português |
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