Naquela rua, tudo de bom acontecia, principalmente à noite.
Todos os dias, à noite, jovens e crianças desciam ali para brincar. A rua era toda iluminada e várias, e várias bicicletas circulavam de um lado para outro.
Também havia várias brincadeiras: Bets, salva, mãe da rua, pé na lata, lenço atrás, passa anel, esconde-esconde, feijão queimado, pega-pega, bola queimada e muitas outras. A brincadeira que os três amigos mais gostavam era o tal de raminho prensado — Nessa brincadeira, os garotos e rapazes ficavam de um lado e as meninas, e moças, do outro. Quem dirigia a brincadeira ficava no meio e esse dizia ao rapaz ou ao garoto:
— Raminho prensado.
— Que amor você me dá? — perguntava o rapaz ou o garoto.
— Te dou — dizia o nome da menina ou da moça — para você ir lá e voltar.
Aí, saia o casalzinho pegado nas mãos para dar a volta, lá, bem longe.
O que os três amigos gostavam mesmo, era quando quem dirigia a brincadeira, sabe-se lá o porquê, davam uma moça grande e bonita para eles darem uma volta, pegado nas mãos.
A moça queria ir rápido para a volta terminar, mas eles empacavam como uma mula e só iam se fosse devagarzinho para a volta durar mais.
Número de páginas | 259 |
Edição | 1 (2024) |
Idioma | Português |
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