Atanásio, o “Grego” tão querido, nos leva neste livro tão rico, a dividir também nossas riquezas, aquelas que nos habitam, como a Rita, ou nos pega na imagem do “Menino com flor na mão” e fome. Atanásio desconstrói a beleza romântica de um mundo carvão e por pressão, transforma em diamante a loucura do ir e vir, e seguir adiante, na clareza do lúmen das ideias do autor. É poema sem fim nem começo, é texto de prosa e rima, é página que se lê de baixo para cima, é silêncio de um branco que nos dá a folha. “Andarilho” é meu olho nas curvas desse amor bendito, escrito ao final como sal, que deixa saudades do mar... Entre o nítido e obscuro existe a metáfora que constrói luz e sombra, que afaga o caminho para o texto passar. Um livro leve e de chumbo, um livro sem assunto, onde um tudo está em cada página. Leitura lenta, rápida. Leitura que pula, que corre, que espera. Leitura sem pressa, como manjar, a se degustar, com a mais pequena e delicada ponta de colher.
ISBN | 978-65-266-1472-3 |
Número de páginas | 138 |
Edição | 1 (2023) |
Formato | A5 (148x210) |
Acabamento | Brochura c/ orelha |
Coloração | Preto e branco |
Tipo de papel | Offset 75g |
Idioma | Português |
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