O que dizer de uma natureza que brotou e frutificou no peito de um Ser? Nos versos da poesia “Ansiedade”, pode-se ver com clareza os sintomas, a dor, a entrega por não conseguir mais conviver sem a sua fiel companheira: “Vivo tanto a ansiedade que tenho medo de adoecer e não viver ansiedade...” O seu estado espiritual se encontra contaminado pela falta de paz! Um Ser nasce e carrega como um madeiro o desejo da liberdade mas para isto é preciso morrer novamente para então se encontrar: “... Estou só. Aos poucos morrendo, oh meu Deus se eu pudesse de uma forma bonita morrer! Morrer sentindo a vida, sentindo apenas a certeza de não mais existir...” versos da poesia “Estou Só”.
É preciso realmente morrer e isto atormenta a vida do Ser que não crer na morte e nem em sua própria existência! Apegado ao dilema da vida e aos seus percursos naturais e in natura, vêem-se em apuros e percebe que assim como um galho cortado consegue viver, assim também será o começo de uma nova vida, livre da ansiedade e de seus caprichos “... Um galho que cessou de viver, assim como cessamos, um galho que mesmo morto consegue sorrir, enquanto mortos, só choramos...”, versos expressos na poesia “Um Galho de Flores”. O Ser ainda que nulo em sua fé, não consegue ver uma saída para tantas interrogações e desaba por completo nos versos, que retratam finalmente a sua real natureza “... Canto um canto, num canto qualquer, sem nada no bolso, sem nada na mão. Um canto sem voz, uma angústia no rosto e no canto do olho, o olhar...”, versos da poesia “Canto do Desespero”.
Eis um Ser fragmentado!
Número de páginas | 65 |
Edição | 1 (2015) |
Formato | A5 (148x210) |
Acabamento | Brochura c/ orelha |
Coloração | Preto e branco |
Tipo de papel | Offset 75g |
Idioma | Português |
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