PREFÁCIO
Nesse livro, é apresentada uma seleção dos textos autorais de Fábio José Vieira, considerando os mais significativos, sob o título de “Antologia Poética do Pratinha.” Não tem a pretensão de fechar questão além dos limites da sua produção poética até o momento. Nem mesmo se almejou abordar comparativamente com outros autores da atualidade ou com os sagrados câno-nes da poesia nacional ou estrangeira. Os poemas foram observados isoladamente, dentro de um contexto personalíssimo. A percepção geral de leitores prévios dos originais (que me assessoraram) foi de que o material faz frente a um segmento de valorização do amor físico integrado ao espiritual, estendendo-se para o transcendental e o cósmico. Dá para concluir, a partir do ponto de vista de alguns leitores, que este universo é único e que há coerência na abordagem recorrentes dos temas. Outros dizem que os textos parecem ter o objetivo de influenciar os leitores com a visão holística do autor, na qual baseou seu estro. Selecionar os textos, ordená-los e finalmente envia-los para a publicação, foi um trabalho extenso, na tentativa de apresentar um conjunto que mostrasse o contexto e, ainda, a generalidade particular de cada poema, sem repetir ideias. O objetivo primordial, talvez inconsciente do poeta, parece ter sido, além de tecer loas e homenagear à sua musa, ostentá-la para o mundo, revelando-a não tão revelada, porque ela está em algum lugar entre o físico e o diáfano. Nela (Musa), coloca e aposta todos os seus sentimentos. A capa desse livro foi elaborada a partir de um momento verdadeiro de confraternização familiar, em ambiente público, captado em fotografia e tendo, ao fundo, xilogravura de autor mineiro (MG) não identificado. Segundo o poeta, este momento particular é de descontração salutar neste período da crise sanitária de 2020. Porém, a descontração que o fez escolher a foto não me pareceu ter esta objetividade de confrontar a epidemia, - e sim o sentido de se afastar um pouco do ambiente de fantasia literária e viver um realismo necessário. Entretanto, a xilogravura (um quadro na parede), contendo o casario e a rua sem os seres vivos, me pareceu oportuna, aproveitando o momento retratado. para mostrar o isolamento a que as cidades estão su-jeitas. Assim, num lance subliminar, o poeta mostra a crise na capa, sem falar da crise. Voltando a aspectos atinentes aos poemas em si, vi que. ante a explosão de sentimentos analisada. necessitava de método e ordem, a fim de condensar o pensamento do autor e apresentar um panorama acessível ao leitor. Esta Antologia do Pratinha se respalda no cantar à musa e como reco-nhecimento ao autor pela sua constância em homenageá-la, ressaltando amor, fidelidade e fé. Com tanto entusiasmo e determinação, o autor escreveu para a sua musa inspiradora, dizendo tudo que sentiu, pensou, sonhou ou imaginou.. Quando estando com ela (a Musa), captou momentos que só quem viveu de modo semelhante tem entendimento para as loas que escreveu; Quando a saudade apertava, seus poemas o faziam-gritar de paixão. Muitas vezes, ao escrever “fotografando” sobre o amor vivido ou imaginário, em seus detalhes simples ou mais elaborados, queria somente que sua musa o ouvisse e entendesse tanto quanto ele sempre almejou transmitir. Sua Fé e perseverança, retomadas a cada publicação, foram, na verdade, a esperança de ser mais persuasivo para, um dia, poder falar pessoalmente à alma de uma mulher que sempre esteve ali tão presente fisicamente. O objetivo parece ter sido de alimentar e construir seu sonho de perfeita harmonia e, nessa caminhada, foi construindo seu estado de estar ao lado dela com a grandeza de um merecido amor além do lugar comum, porque acreditou e acredita que as deusas amam assim e os deuses, também. Almejou selar estes anelos com a feliz oportunidade de, quando transcender do mundo físico, a porta celestial esteja aberta para ele e ela, em algum recanto da eternidade e estar voando para onde ela estiver, para repousar no seu colo, contar-lhe todos os seus segredos, vontades e desejos. Viver esse ideal. Valorizar o olhar, os olhos, e o sorriso dessa companheira perfeita. Por hora, ele faz isso nos seus poemas, como se estivesse hora na terra e hora nos espaços celestiais. Aqui e agora sente os cabelos dela cobrirem o seu rosto. Pode sentir o calor do seu corpo, a enlouquece-lo e fazer-lhe querer ali, debaixo das cobertas, bem juntinho de si, em suma, viver o momento. É quando sente que são um só corpo, mente e coração. Num contraponto ao ideal de eternidade, é muito bom estar no meio físico do planeta, amando e adorando a musa que se tem, com um pé na terra e outro na eternidade. No relato emocionado e emocionante de uma visita, eternizada num poema que fez a ela e às suas pessoas amadas e entidades próximas, construiu uma metáfora universal, num lugar entre dois mundos onde o tempo vivido não tem preço. Onde havia alguém que só pôde ver de longe, diz: “Queria poder ter conversado mais com os Anjos.” - Mas o direito que lhe foi dado era terreno: De ter tomado o café, à moda mineira e viver a realidade num jeitinho só deles (amantes), saborear o queijo fresquinho e gostoso e guardar na lembrança para outros “aqui e agora”. Na eternidade, o poeta entende que não terá essa limitação. Esta seleção se abre, personalizadamente antológica, deixando respingar, ne-le, partes de vivências registradas nos poemas, palavras e frases. que expressam o sentimento de amor, verdadeiro sentido de vida. Imagens do coração, se abrem e se fecham para guardar dentro deles o amor que quer viver, proteger, e retratar. Tão enamorado, o Pratinha, certamente aproveitará esse novo livro como um mimo precioso a ofertar à sua musa e aos apaixonados, para oferecerem às suas. (Luciana Carrero), produtora cultural, reg. 3523 / SEDACTEL-RS).
Número de páginas | 128 |
Edição | 1 (2020) |
Formato | A5 (148x210) |
Acabamento | Brochura c/ orelha |
Coloração | Preto e branco |
Tipo de papel | Couche 90g |
Idioma | Português |
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