118º livro do autor das séries "OLYMPUS" (13 volumes com 300 poemas em cada) e "EROTIQUE" (10 volumes).
Alguns trechos:
“As doces lágrimas que não secaram
Após o fim desse nosso teatro,
São por sentimentos que já findaram,
E de lembranças que não idolatro,”
“Eu lhe suplico que me perdoe,
E pergunto se podemos começar de novo,
E ela responde com um leve beijo na boca,
Afasta-se um pouco, mas eu a beijo de novo,
Desta vez um beijo apaixonado,
Que tanto queria lhe dar naquela noite
Em que nos desencontramos, anos atrás,
E, naquele beijo interminável,
Em que nossas almas se mesclaram,
E se descobriram uma pela outra encantada,
Eu soube, definitivamente,
Que nunca mais nos desencontraríamos outra vez...”
“Um dia, eu me libertei
Das amarras que me prendiam,
E, como por milagre,
Disparei a escrever versos
Em profusão,
Libertários,
Românticos,
Eróticos,
Extravagantes,”
“E agora, estranhamente,
Nem sentimos qualquer falta,
Como se aquele estranho no espelho
Tivesse acabado de nascer,
Sem memórias, sem passado,
Não mais do que um ser imperfeito,
À mercê do futuro num mundo que nem o conhece...”
“Tantas vezes eu te amei!
E agora, que para sempre partiste,
E nunca mais te verei,
Ainda ouço a delícia de tuas risadas
E de teus doces gemidos de prazer,
Em meus ouvidos saudosos,
Como se aqui ainda estivesses,
Uma presença latente, invisível,
Como se fosses um fantasma
A assombrar essas noites sem fim...”
“Desse nosso melodrama,
Escrevo mais um poema,
Uma canção que sublima
Cada maravilhoso sintoma
Desse amor leve como uma pluma!”
“A mente humana tem abismos,
Profundos,
Insondáveis,
Nos quais se escondem terrores,
Medos terríveis
E memórias sepultadas
No fundo de sinapses perdidas,
Das quais às vezes ressurgem
E nos assombram,
Ressuscitando lembranças
Que deveriam permanecer
Para sempre escondidas...”
“Muitas memórias minhas se perderam
Na noite borrada do passado,
Muitas pessoas me esqueceram,
Até algumas que tinham me amado.
Enquanto caem as areias da ampulheta,
E a Terra segue seu giro pelo Universo,
Antigos amigos morrem pelo planeta,
Por causa de algum desígnio perverso.”
“Tive um estranho pressentimento,
Que me provocou um frio na espinha,
E, não sei por que, veio de repente,
Talvez trazido pelas memórias do vento,
Ou pela Poesia, que ao meu lado caminha,”
“Mate-me uma dúvida cruel:
Se não foi você, nem fui eu,
Quem foi o assassino idiota
Que matou o Mar Morto?”
“Estamos perdidos,
A serpente do mal nos venceu,
Com suas promessas vãs
Na língua presa e falsa,
Como o dedo cortado,
Em seus discursos irados
Prometendo picanha
Para entregar músculo”
“Ando procurando um reles pretexto,
Para dar, depois de meses, um call para ela,
Mesmo por algum assunto fora de contexto,
Talvez lhe contar uma piada singela,
Ou para lhe dizer que sinto saudade,
E que jamais conseguirei esquecê-la,
E ficar longe dela é pura crueldade,
Pois em meu universo, ela é a única estrela...”
“Quando mais tento
De você me esquecer,
Menos me recordo
O porquê...”
“Nada há de me afastar de você,
Pois somos inseparáveis,
Entre nós não há obstáculos,
Nem paredes ou montanhas,
Que nos impeçam
De nos encontrarmos”
“Grudaste em mim, como uma tatuagem,
Em meus doces sonhos se insinua,
Indelével, eterna, imortal,
Essa tua inesquecível imagem”
“Sombras de nós
Dispersaram-se na noite,
Cantando ao vento
Nossa história
De desilusão,
E depois nunca mais retornaram...”
“Não revelo
Nem por um decreto
Mesmo se me prenderem num universo paralelo
O meu desejo mais secreto
Que me impregna cada sentido
Mas talvez algum dia eu murmure
Baixinho em seu ouvido
Pedindo-lhe que jure
Jamais contar a ninguém
Esse meu desejo atrevido”
“Foi por uma noite apenas
Que você me deu seu amor
E naquelas horas obscenas
Amou-me com todo fervor
Mas nunca mais se repetiram
Aquelas horas incendiárias
Ou ao vivo meus olhos a viram
Ou às suas curvas lendárias”
“E finalmente compreendo qual é meu destino,
E nos encontrarmos afinal foi um desígnio divino,
E, iluminados por aquele bendito sorriso,
Seríamos nós dois a povoar um novo Paraíso,
Por Deus recriado após a última das guerras,
Em mais uma entre tantas infinitas Terras...”
“A vida é cheia de altos e baixos,
E depois de uma bonança,
Sempre vem uma tempestade,
Atrás de um morro
Há vários outros,
No fim de alguns versos
Há lindas rimas,
Mas a maioria deles
Não tem nenhuma!”
“Não anoitecera ainda
Quando chegaste, divinal,
E, naquela noite infinda,
Num tempo além do normal,
Os nossos corpos se fundiram,
Numa ânsia inusitada,
As nossas almas se uniram,
Numa volúpia apaixonada...”
“Por favor me desculpe
Por ter te convidado
Para minha aventura
Sem pé nem cabeça
Não se culpe
Por não ter aceitado
Toda essa loucura”
“Para que essa temperatura tão perto de zero,
Nesse olhar carregado de beligerância?
Mas não se preocupe, com você nada quero,
Exceto algumas milhas de distância...”
“Eu não quero amar nem mais um pouco,
Para que, se um dia tudo vai terminar,
E quando acontece, a gente fica louco,
E a vida insiste em desandar?”
“Assisti ao último episódio
Do meu seriado favorito
Cheio de amor e de ódio
E de um perdão infinito
Já comecei a procurar na Netflix
Qual será o meu próximo seriado
Sem nenhuma atriz cheia de chiliques
Nem um enredo por demais intrincado”
“O amor é o elixir da vida,
Transcendental, sublime,
A refrescar nossas almas,
Se a paixão for correspondida,
E então nos redime,
Curando nossos traumas,
Pelo menos até ele sumir,
Ou se esconder
Atrás de algum disfarce,”
“Não me olhe assim desse jeito,
Como se me julgasse culpado
Por algo que imagina ter feito,
Mas da qual não tem certeza!
Cuidado, porque maus julgamentos
São só um pouco menos comuns
Do que políticos corruptos,
E, neste caso em especial,
Você está totalmente errada,
Pois não fiz nada de errado,
A não ser me apaixonar por você!”
“Mas que bobagens estou a escrever,
Se em meus versos para sempre habitas,
E teu doce nome sempre proclamo?
Se em cada linha tento descrever
As tuas benditas curvas infinitas,
Se nos versos entrego que te amo?”
“Dias estranhos virão,
Ainda piores do que esses
Que agora vivemos,
Onde será proibido
Falar mal de políticos
Ou desses seres patéticos
Que se vestem de negro,”
“As sombras que deslizam pelas paredes
Em indecifráveis contornos,
Contam-nos histórias apavorantes
Sobre amores que se perderam,
Assassinatos que testemunharam
Ao longo das eras,
E que não podem testemunhar,”
“Não desafie a cólera divina,
Pois nada escapa de Deus irritado,
E, quando você menos espera,
O castigo chega, implacável,
Deixando-o sem eira nem beira,
Entregue ao relento,
Tomando chuva de tempestades cósmicas,”
“Não fique
A murmurar
Frases desconexas
Só reclamando
E amaldiçoando
Quem amava
Num passado
Pouco distante
E agora
Apenas odeia”
“Esse teu corpo espetacular
Provoca-me frêmitos
E desejos ardentes
Urgentes
Mas é inútil
Pois nem me olhas
E me ignoras
Como se fosse invisível
Ou transparente”
“Essas necroses que causaste
Em meu coração machucado
São um legado que me deixaste
Pelo nosso amor naufragado
Esses arrepios que me provocaste
Nas longas noites de teu reinado
Pelas tantas vezes que me beijaste
São marcas de nosso amor fracassado”
“Não quero ouvir teus lamentos,
Há muito tempo em ti já não penso,
O tempo cura quaisquer ressentimentos,
O que posso fazer é te emprestar o meu lenço...”
“De ti, já quase não lembro,
Vais desvanecendo lentamente,
Separaram-se as nossas histórias,
Desde um certo dia de Dezembro,
Pois sempre estás ausente,
Exceto em minhas memórias...”
“Em seu olhar congelante,
Percebi o prenúncio
Do fim de nossa aventura.
Naquele olhar fulminante,
Estava, nítido, o anúncio
Do fim daquele amor sem censura.”
“Não se preocupe, estarei sempre por perto,
Cuidando de você, como um bem precioso,
Enquanto você dorme, permaneço desperto,
Mantendo-a a salvo, nesse mundo tão perigoso.”
“Em meus sonhos resistes
Persistes
E insistes
Em não me deixares
Estás em todos os lugares
E em todos os luares
Cada vez que respiro
Inspiro
Ou suspiro”
“Deixamo-nos vencer por rotinas,
Cada qual mais insensata,
Seduzidos por armadilhas femininas,
Que prometem ouro e entregam lata!”
“Inspirando-me um lindo poema,
Tão imenso para minha alma pequena,
Solitária como jamais se sentira,
Desde o dia em que perdi meu amor,
E descobri que a felicidade era só uma mentira,
A iludir infelizes, nesse mundo de horror!”
“Nesse nosso país quase em ruínas,
Prestes a entrar num matadouro,
O crime está à solta nas esquinas,
Matando sem pena por um grama de ouro.”
“Fui eu quem a resgatou
Do pesadelo sem fim onde você vivia
E em meus braços você se encontrou
Salva da amargura pelo amor e pela Poesia”
“Essa memorabilia é constante,
Sua lembrança está sempre presente,
Invadindo-me com todo o requinte,
Reescreveste com tuas digitais o meu código-fonte,
Que não revelo, mesmo que você me pergunte!”
“Minha Poesia busca em ti seu sustento,
Despertando versos que jamais escrevera,
Pois por ti tenho um doce sentimento,
Que em meus versos nunca antes apareceram.”
“Nossos olhares um do outro tiraram lasca,
E brotou uma atração gigantesca,
Nosso primeiro beijo provocou até faísca,
Nossas pernas se emaranharam como uma rosca,
E confesso que sua beleza me ofusca!”
“E então, você se aproximou e me beijou,
E aquele beijo ardente, que pareceu durar séculos,
Despertou-me lembranças tão vívidas
Que eu soube que nossos destinos
Estavam intimamente conectados,
Destinados a se cruzarem,
Daquela forma tão extraordinária,
Por toda a eternidade...”
“Em minha pele estás profundamente infiltrada,
E em minhas células a tua lembrança envereda
Gosto de ti de um jeito quase suicida,
Estás presente em minha Poesia toda,
E nunca me deixas, por mais que eu me iluda!”
“Maybe one day we'll can still be together,
In some other galaxy far away,
Distant from this space-time continuum
Where our paths collided so quickly,
Forever doomed to be disjointed,
At the mercy of this delirious nightmare,
Where the devils made us a hobby of them,
Laughing because our mouths never touched each other!”
Número de páginas | 114 |
Edição | 1 (2022) |
Formato | A5 (148x210) |
Acabamento | Brochura c/ orelha |
Coloração | Preto e branco |
Tipo de papel | Couche 90g |
Idioma | Português |
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