As Três Ilhoas

Contendo a descendência de Antônia da Graça

Por José Guimarães

Código do livro: 669647

Categorias

Histórico, Antigo, Geografia E Historia, Família E Relacionamentos, Biografia

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Sinopse

Obra genealógica de José Guimarães, publicada originalmente por Roberto Vasconcellos Martins, e agora republicada sob a organização de Adauto de Andrade, que trata das três irmãs açorianas vindas do Arquipélago dos Açores e fixaram residência em Minas Gerais por volta de 1723: Antônia da Graça, Júlia Maria da Caridade e Helena Maria de Jesus. Reza a tradição que essas ilhoas deram origem a distintas famílias, tais como Teixeira, Carvalho, Resende, Andrade, Alves, Taveira, Ribeiro, Junqueira, Meireles, Ferreira, dentre outras.

Características

Número de páginas 452
Edição 2 (2024)
Formato A5 (148x210)
Acabamento Brochura c/ orelha
Coloração Preto e branco
Tipo de papel Offset 75g
Idioma Português

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José Guimarães

Dr. José Guimarães nasceu na formosa cidade de Cambuquira, a 5 de maio de 1909, na casa de seus avós maternos. Filho de Teodorico Ovídio Guimarães e Eliza Julieta de Souza Guimarães. Com alguns dias de vida veio para Delfim Moreira, onde moravam seus pais e onde foi batizado. Com um ano de idade seus pais o confiaram à sua avó materna e a seu tio Teófilo, que era o vigário daquela cidade. Foi assim, acompanhando seu tio nas suas mudanças, que veio parar em Pouso Alegre, onde viveu até seus 8 anos. Estudou na Escola Particular do Sr. Ladislau, frequentou o catecismo do Santuário, onde fez a Primeira Comunhão. Novamente acompanhando Monsenhor Teófilo, que fora designado Pároco de Ouro Fino, aí chegou aos 9 anos, fazendo dessa cidade a sua terra de adoção. Continuou o curso primário em Escola Particular; estudou no Colégio Brasil, onde fez seus preparatórios; bacharelou-se pela Faculdade de Direito de Niterói. Muito lhe valeu na educação e formação a solicitude e amparo de seu tio, Monsenhor Teófilo Guimarães.

Professor da Escola Normal Oficial de Ouro Fino, como titular da Cadeira de Psicologia, Diretor do mesmo Estabelecimento por mais de 9 anos. Já aposentado continuou a lecionar História do Brasil, Geografia e Educação Moral e Cívica.

Pertenceu à Diretoria da 39ª Subseção da Ordem dos Advogados do Brasil, seção de Minas Gerais, ocupando por muitos anos o cargo de Secretário. Exerceu a Presidência da mesma Subseção no biênio 1957-1958.

Membro de Juntas Eleitorais, membro do Conselho Diretor do Educandário São José de Ouro Fino, membro das comissões da festa do Bicentenário de Ouro Fino, em 1949, do Centenário do Presidente Júlio Bueno Brandão (1958), e da trasladação das cinzas do Guarda Mor Francisco Martins Lustosa de Curitiba para Ouro Fino (1973).

Pertenceu aos Institutos Históricos e Geográficos de Minas Gerais, São Paulo, Paraná, Sergipe, Juiz de Fora, Niterói e Campanha.

Pertenceu também aos quadros do Instituto Genealógico Brasileiro de São Paulo e ao Colégio de Genealogia do Rio de Janeiro. Pertenceu ainda a diversos clubes e sociedades filatélicas, era sócio- correspondente do Club Filatélico do Brasil, do Rio de Janeiro. Foi também um grande filatelista.

Muito escreveu e pouco publicou.

Na “Gazeta de Ouro Fino” publicou: A Capela de Caldas e seu desmembramento; Ouro Fino nasceu Paulista; Algumas fontes da História de Ouro Fino; Ângelo Batista, o descobridor das Minas de Ouro Fino.

Na “Poliantéa do Bicentenário de Ouro Fino”: Capitão Luiz de Freitas Vilalva, o Povoador de Ouro Fino; Cronologia dos Vigários de Ouro Fino.

Na “Semana Religiosa de Pouso Alegre”: Paróquias Paulistas do Sul de Minas; O Sargento-Mor Manuel Nunes de Gouvea; Árvore de Costado do Senador do Império Padre José Bento Leite Ferreira de Melo, (fundador de Pouso Alegre); Arquidiocese de Pouso Alegre e seus Vigários.

Na “Diocese de Pouso Alegre no Ano Jubilar de 1950” publicou: Histórias das Paróquias de Ouro Fino; Crisólia; Jacutinga; Borda da Mata; São José de Toledo; Silvianópolis; Douradinho; Delfim Moreira; Camanducaia e Cambuí.

Na “Voz Diocesana da Campanha”: As Ilhoas; Os Garcias; O Fundador de Baependi; José Eleutério (Descendência de Bárbara Eleodora Guilhermina da Silveira); Genealogia de Vital Brasil; O Fundador de Três Corações; Dona Maria Pedroso (esposa do Patriarca D. João de Toledo Pisa Castelhano).

Em “Seleções Filatélicas” publicou um trabalho sobre o Bicentenário de Ouro Fino, ocasião que também conseguiu, juntamente com outros companheiros, o Selo Comemorativo e o Bloco sobre essa data, que reproduz a linda fachada da Matriz de Ouro Fino.

Na “Revista Genealógica Latina” transcreveu: As Ilhoas; Os Garcias com Árvore de Costado.

No “Brasil Genealógico”, do Rio: As Árvores de Costado dos Presidentes Wenceslau Braz e Delfim Moreira; O Inconfidente Antonio de Oliveira Lopes.

Árvores de Costado do Presidente do Estado de Minas Gerais Júlio Bueno Brandão e de sua esposa Hilda Ribeiro de Miranda (in “Correspondência de Bueno Brandão”, de Dr. Guerino Casasanta).

Na “Enciclopédia dos Municípios Brasileiros”, do IBGE – História da Borda da Mata.

Borda da Mata, livro editado em 1958 pela comissão do Centenário da Paróquia.

Resumo da História de Ouro Fino para a Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Ouro Fino (inédito) e para a Jornada Cultural promovida pela Universidade Federal de Minas Gerais.

Biografia de Francisco Martins Lustosa, por ocasião da trasladação de suas cinzas de Curitiba para Ouro Fino.

Composição dos Brasões Municipais de Ouro Fino, Borda da Mata, Monte Sião, Inconfidentes, Campanha, Ipuiuna e Natércia, oficializados pelos respectivos municípios.

Na “Revista do Instituto Histórico e Geográfico de São Paulo”: Um Rego Barros Pernambucano no Sul de Minas: Paschoal Leite – um estudo genealógico, com a colaboração de Luiz Carlos Sampaio e Mendonça, de Santos.

No “Minas Gerais”, Órgão Oficial do Estado: Resumo Histórico do Município de Inconfidentes.

Deixou em preparo: Povoadores do Sul de Minas (com milhares de fichas).

Recebeu o título de Cidadão Ourofinense em 1978.

Recebeu o Laurel “O Bateador” no dia 18 de outubro de 1986.

Por derradeiro recebeu ainda uma belíssima homenagem post mortem em 2018: a "Medalha do Mérito Genealógico Cônego Raymundo Octávio da Trindade", conferida pelo Instituto Histórico e Geográfico de Minas Gerais, em reconhecimento aos méritos no desenvolvimento de pesquisas genealógicas e na preservação de acervos de grande importância para a genealogia no Estado de Minas Gerais, o que, a esse tempo, se deu por intermédio de seus filhos, os quais compareceram na sede do Instituto, em Belo Horizonte.

Seus trabalhos de pesquisa são conhecidos principalmente nos estados do Rio de Janeiro, São Paulo e até Portugal, pois seu nome já é citado em mais de 50 livros editados.

Foi casado com a professora D. Leyde Moraes Guimarães, tendo deixado quatro filhos: a primogênita Francisca Elisa Guimarães, solteira; logo em seguida Maria Olímpia Guimarães Silva, casada com Valdir Brasil Silva, tendo os filhos: Rafael, Fernando e Henrique; sendo o terceiro Teófilo Moraes Guimarães, casado com Donice de Freitas Garcia, os quais também tiveram três filhos: Sarah Garcia Guimarães, que com Helton Ricardo Silva lhes deu a neta Alice Guimarães Silva, Heloísa Garcia Guimarães, casada com Fábio Costa Guimarães e Samuel Garcia Guimarães, solteiro; e a caçula Márcia Regina Guimarães, casada com o Engenheiro Clayton Montagnolli Júnior, pais de duas filhas: Lia Guimarães Montagnolli, casada com Marco Antonio de Freitas Bueno, por sua vez pais de sua neta Mônica Montagnolli Bueno, e Nara Guimarães Montagnolli, casada com Rafael Tsunoda Morioka.

Quem quer que viesse visitá-lo em sua casa, sua conversa era afável e ilustrada, alegre e franca. Se penetrasse em seu escritório de trabalhos, ficaria logo encantado e muito bem impressionado com a ordem e disciplina reinantes: Livros e Revistas, na maioria encadernados, Pastas e Fichários rigorosamente catalogados, coleções de Selos e Brasões, no mais requintado gosto.

Com a aprovação de Dona Leyde e de seus filhos (de Ouro Fino) e com o valioso patrocínio de Dr. Roberto Vasconcellos Martins (de Ponta, SP), no ano de 1990 veio a lume este magnífico trabalho sobre as Três Ilhoas, deste que foi um dos maiores genealogistas mineiros, dono de uma invejável cultura. Era o mestre que falava, sempre disposto a dirimir dúvidas e aclarear os problemas.

Desde suas primeiras publicações, esta coleção foi recebida de braços abertos pelos genealogistas, de modo especial pelos numerosos descendentes das famosas Ilhoas.

Dr. José Guimarães faleceu no dia 1º de Julho de 1987, uma tristeza para família toda, para os amigos, para os admiradores. Foi uma brecha enorme que o tempo e a saudade penosamente apagarão.

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