Haicai é um tipo de poema que começou a ser cultivado no Japão no século VII da era cristã, quando o budismo zen se tornou uma importante prática religiosa naquele país. Sua estrutura poética, que contempla a virtude mais estimada no bu-dismo, ou seja, o insight, ou iluminação, foi adaptada justamente com a finalidade de expressar em um mínimo de palavras, um estado psíquico interior que a razão não precisa entender, mas que, para o espírito de quem o experimenta, é suficiente para demonstrar a emoção que sente.
Os primeiros haicais foram produzidos na forma popularizada como Waka - poemas na forma do país de Wa (Japão), - e publicados em uma antologia de 4500 poemas, no século VII da era cristã. Essa foi a chamada era Elan no Japão, e durante alguns séculos dessa época (entre os séculos VII e XI), o haicai foi cultivado na corte imperial e entre as classes superiores como forma de entretenimento, semelhante ao que fazem, ainda hoje, os repentistas nordestinos e gaúchos, na qual um poeta cria a primeira estrofe e outro completa o poema com a segunda.
Incorporado definitivamente à literatura brasileira como uma das mais criativas formas de poetar, o haicai foi e continua sendo cultivado por grandes nomes da literatura brasileira co-mo Guimarães Rosa, Mário Quintana, Érico Veríssimo, Millôr Fernandes, Décio Pignatari, Haroldo de Campos, Paulo Le-minski e outros. Esses e outros expoentes da poesia pátria de-ram à essa forma de poema um lugar de destaque nas letras brasileiras.
Hoje, o haicai é um dos mais saborosos tipos de poesia produzidos no Brasil.
Esta nossa aventura por esse tipo de poema não traz, como é óbvio, nenhuma novidade. Às vezes mantendo a forma clássica, em outras deixando fluir, à moda dos modernistas, o que se pretende dizer, o objetivo deste nosso baú de haicais é colocar nossos próprios pensamentos, da forma como eles nos vieram: quando deu para acomodá-los na fórmula clássica 5-7-5 nós o fizemos. Quando sentimos que não transmitiriam o sentimento que os inspirava, deixamo-los na forma livre de um poema de três versos, sem preocupação com o número de sílabas. Como nos exemplos como segue:
abri a janela
procurando a vida:
lá estava ela.
que é uma fórmula clássica de haicai. Ou então,
solidão é algo que a gente sente
quando descobre que está sozinho
no meio de um monte de gente.
que está numa fórmula livre.
De uma maneira ou de outra, espero que eles estejam a gosto dos leitores. No fim, essa é sempre a motivação que leva alguém a se aventurar num território tão cheio de enigmas, como é o caso da poesia. No fundo é o que ela diz e o que o leitor sente quando lê ou escuta, que conta.
Considerar-me-ei pago pelo trabalho se algum leitor, ao folhear este livrinho, puder sentir um pouco das emoções que me deram motivo para escrevê-los.
Incorporado definitivamente à literatura brasileira como uma das mais criativas formas de poetar, o haicai foi e continua sendo cultivado por grandes nomes da literatura brasileira como Guimarães Rosa, Mário Quintana, Érico Veríssimo, Millôr Fernandes, Décio Pignatari, Haroldo de Campos, Paulo Leminski e outros. Esses e outros expoentes da poesia pátria deram à essa forma de poema um lugar de destaque nas letras brasileiras.
Hoje, o haicai é um dos mais saborosos tipos de poesia produzidos no Brasil.
Esta nossa aventura por esse tipo de poema não traz, como é óbvio, nenhuma novidade. Às vezes mantendo a forma clássica, em outras deixando fluir, à moda dos modernistas, o que se pretende dizer, o objetivo deste nosso baú de haicais é colocar nossos próprios pensamentos, da forma como eles nos vieram: quando deu para acomodá-los na fórmula clássica 5-7-5 nós o fizemos. Quando sentimos que não transmitiriam o sentimento que os inspirava, deixamo-los na forma livre de um poema de três versos, sem preocupação com o número de sílabas. Como nos exemplos como segue:
abri a janela
procurando a vida:
lá estava ela.
que é uma fórmula clássica de haicai. Ou então,
solidão é algo que a gente sente
quando descobre que está sozinho
no meio de um monte de gente.
que está numa fórmula livre.
De uma maneira ou de outra, espero que eles estejam a gosto dos leitores. No fim, essa é sempre a motivação que leva alguém a se aventurar num território tão cheio de enigmas, como é o caso da poesia. No fundo é o que ela diz e o que o leitor sente quando lê ou escuta, que conta.
Considerar-me-ei pago pelo trabalho se algum leitor, ao folhear este livrinho, puder sentir um pouco das emoções que me deram motivo para escrevê-los.
ISBN | 978-65-266-3675-6 |
Número de páginas | 123 |
Edição | 0 (2025) |
Formato | A5 (148x210) |
Acabamento | Brochura c/ orelha |
Coloração | Preto e branco |
Tipo de papel | Offset 75g |
Idioma | Português |
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