Breve História dos Monges e dos Mosteiros

Por Alfred Wesley Wishart (Autor); Ariel Placidino Silva (Editor)

Código do livro: 702682

Categorias

Historiografia, História & Teoria, História E Filosofia, Vida Cristã, Teologia, Geografia E Historia

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Sinopse

O objetivo deste volume é esboçar a história da instituição monástica desde sua origem até sua derrubada no período da Reforma, pois, embora a instituição não esteja de forma alguma extinta agora, seu poder foi praticamente quebrado no século XVI, e nenhuma nova ordem de importância ou novos tipos surgiram desde então.

Uma pequena reflexão permitirá entender as grandes dificuldades na execução de um propósito tão amplo. Era impraticável na maioria das instâncias consultar fontes originais, embora as autoridades intermediárias tenham sido estudadas o mais amplamente possível e o maior cuidado tenha sido exercido para evitar esses erros que naturalmente surgem do uso de tais vias de informação. Também foi considerado inviável sobrecarregar o trabalho com inúmeras notas e citações. Tais notas que foram necessárias para um verdadeiro desdobramento do assunto serão encontradas no apêndice.

Uma apresentação dos aspectos mais salientes de toda a história era essencial para uma concepção adequada do desenvolvimento ordenado do ideal ascético. Para entender a instituição monástica, é preciso não apenas estudar o anacoreta isolado buscando uma vitória sobre um eu pecaminoso no deserto egípcio ou o monge no claustro isolado, mas também deve-se rastrear as fortunas de organizações ascéticas, envolvendo multidões de homens, vastas agregações de riqueza, e sobrevivendo à ascensão e queda de impérios. Quase todas as fases da vida humana são encontradas em tal empreendimento. A atenção é dividida entre eremitas, mendigos, diplomatas, estadistas, professores, missionários e pontífices. Espera-se que o estudante crítico ou literário aprecie as imensas dificuldades de uma tentativa de pintar uma cena tão vasta em uma tela tão pequena. Nenhuma outra reivindicação é feita sobre sua benevolência.

Existe um processo de escrever a história que Trench descreve como “um branqueamento moral de coisas que aos olhos dos homens eram como negros antes”. Preconceito religioso ou temperamental muitas vezes obscurece a visão e distorce o julgamento das mentes mais eruditas. Consciente dessa fraqueza nos escritores mais capazes da história, seria absurdo reivindicar isenção completa do poder do viés pessoal. No entanto, espera-se sinceramente que a paixão mais forte na preparação deste trabalho tenha sido aquela predileção louvável pela verdade e justiça que deve caracterizar toda narrativa histórica, e que, quaisquer que sejam as outras deficiências que possam ser encontradas aqui, há uma ausência daquela suspeita irracional, para não dizer ódio, de tudo o que é monástico, que prejudica muitas contribuições valiosas para a história monástica.

O autor agradece, por serviços gentis e sugestões críticas, a Eri Baker Hulbert, D.D., LL.D., Reitor da Faculdade de Divindade, e Professor e Chefe do Departamento de História da Igreja; Franklin Johnson, D.D., LL.D., Professor de História da Igreja e Homilética; Benjamin S. Terry, Ph.D., Professor de História Medieval e Inglesa; e Ralph C.H. Catterall, Instrutor de História Moderna; todos da Universidade de Chicago. Também a James M. Whiton, Ph.D., da equipe editorial de “The Outlook”; Ephraim Emerton, Ph.D., Professor Winn de História Eclesiástica na Universidade de Harvard; S. Giffard Nelson, L.H.D., de Brooklyn, Nova York; A.H. Newman, D.D., LL.D., Professor de História da Igreja na Universidade McMaster de Toronto, Ontário; e Paul Van Dyke, D.D., Professor de História na Universidade de Princeton.

– A.W.W.

Características

Número de páginas 240
Edição 1 (2024)
Formato 16x23 (160x230)
Acabamento Capa dura
Coloração Preto e branco
Tipo de papel Polen
Idioma Português

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SacraTeológica

Quatro fatores deram azo a este projeto:

Primeiro, no que concerne à nobreza do cidadão, isto é, prover à sociedade o que está ao meu alcance, contribuindo assim para o desenvolvimento intelectual da mesma, da qual eu dependo, e da qual depende a provisão, de igual maneira, de cada um que a compõe. Isto, li e aprendi de Lélio a Cipião, em "A República" de Cícero, o orador latino.

Segundo, o entesouramento literário da nossa amada língua, conferindo voz a este idioma com obras de considerável repertório cultural, provendo a dimensão do conhecimento brasileiro e a profundidade em seu juízo. Nisto fui inspirado pelo testemunho do historiador judeu Flávio Josefo, que em sua "História dos Hebreus", ao relatar a tradução da Tanakh para o grego, louvou a Deus pela contribuição da Septuaginta para o idioma helênico.

Terceiro, o modo como se preza e valoriza aqueles que, com tanta devoção, se prestaram a servir, honrando-os ao mantê-los em memória, perpetuando suas obras entre nós. Homens dignos de nosso crédito pelo mérito de exercerem com magistral habilidade seus talentos. Que seu exemplo nos inspire para que, da mesma forma, ofereçamos a satisfação do que o tempo nos requer. Disso, aprendi de Sócrates, o sábio grego, que - segundo as palavras de Xenofonte em sua "Apologia" - não deixou de expressar de onde tomava seu consolo diante da morte: que, após a vida, há gozo em reencontrar aqueles que em vida o proveram de conhecimento.

Quarto, e último, para mim de maior significância, pois cruza a limítrofe do perpétuo e adentra a dimensão do que é eterno. É o fato de poder oferecer à Igreja os pensamentos e os testemunhos daqueles que, pelo dom investido, se fizeram necessários àquilo que orientou o decurso de seu berço e sagrada missão. Apontando o que se infere de seus resultados - que Nosso Senhor nunca deixou de guiá-la, repreendê-la e ensiná-la. Disso erigiu meu intento, e nisso descansa meu propósito. Pois há um chamado entre nós que visa à edificação daquela que nos acolhe (Efésios 4:12).

Que sejais vós, que me assistis, testemunhas contra ou a favor de mim no que tange ao comprometimento do que entendo por obrigação. Poder ver, sob esses quatro propósitos, que não faço nem ouso passar a vida em vão; antes, depreendo-me a todo zelo em cumprir o que a dádiva deste tempo me confiou. Isso reconheço, como de igual modo entendo que isso há de exigir o usufruto do que gozo. Não me valer dos recursos em mãos é negar os fins de minha existência, que, enfim, compreendi, nasci para encarar. Pois sou cônscio de que aquele que me legou as sementes para semear voltará e há de me requerer os frutos da boa terra que me outorgou (Mateus 25:14-30).

Quanto ao sucesso deste empreendimento, creio não consistir no número de vendas, mas, como ensina em suas "Confissões" o mestre Agostinho, pai dos teólogos - que confessa ser ensinado pelo Logos, Pai dos mestres - o julgamento se dará sobre a disposição dos frutos, isto é, sobre a sinceridade que se devota a uma obra, não pela existência da dádiva, pois esta, de nós, nunca procedeu, mas sempre foi procedida daquele que tudo nos concedeu!

Eis então, amados irmãos, aos quais devo a vida em servir. Os frutos de meu culto racional (Romanos 12:1)!

Que ressoe, enfim, o eco daquela voz que nos move!

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1 comentários
Ariel
Quinta | 25.07.2024 às 14h07
Finalizado mais um título para somar as fileiras do acervo literário de nossa língua! Considerando a carência de informação a respeito, o intento desta coleção se propõe a sanar tal lacuna. Conhecer as formas que assumiram - o que foi por muito, o epicentro da figura religiosa ocidental - desde as origens de seu movimento até sua forma ideal nutrida em uma instituição que pelos tempos, foi regulada, proverá ao estudioso de história eclesiástica a compreensão do desenvolvimento das tradições religiosas mais influentes da idade média. Explorada por pesquisadores de renome, autoridades no assunto, quais fazem desta coleção, indispensável para qualquer um que se dedique a entender as doutrinas, nuances, características, influências e diferenças do movimento monástico ao decorrer de toda sua história. Boa leitura e bom proveito a todos que comigo compartilham essa disposição!