Em um mundo repleto de loucos, por que não permitir que o diário de um deles possa existir? Por que não compartilhar, mesmo que por brincadeira, os pensamentos desordenados de partes de uma vida inteira? Se o amarelo pode ser laranja, se do vermelho chegamos ao preto... Se dos erros cometidos nos esquecemos dos preferidos... É porque da loucura vem a sanidade, da confusão nasce a realidade. E, assim como os sinais percebidos são ignorados para que o louco mantenha-se vivo, as verdades difundidas transitam, incoerentes, por diferentes estilos de vida. Enquanto o todo segue não sendo descrito, sequer percebido, pelos normais que dizem-se sãos, pelos anormais que não sabem quem são, pelo bento e pelo puto, pelo sim e pelo não; o louco simplesmente existe sem tomar qualquer direção.
Número de páginas | 93 |
Edição | 1 (2017) |
Idioma | Português |
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