Mário de Andrade definiu para sempre: amar é verbo intransitivo.
O amor atrai pela promessa do bem, mas cutuca uma ferida
narcísica: expõe nossa carência, nossa incompletude. Quando
amamos, sofremos porque vemos no outro tudo o que nos falta e
queremos. Sofremos porque temos medo de que o outro nos
abandone, levando consigo uma parte nossa que nos desabita. Se não amamos, sofremos porque não temos com quem compartilhar o que temos. Se não somos amados, não adianta ter o que compartilhar.
Crônicas do Amor Impossível mostra a corrosão que o amor
provoca no outro lado. O que quebra na engrenagem do outro, os escombros pós-explosão e o que restou. Sem sonhos e sem
conselhos o livro fala de amor. Preso no labirinto desse sentimento tenta uma fuga, pois, ao mesmo tempo em que há uma desconstrução, surge uma possibilidade do novo, da superação. E é justamente nesta superação que o autor tenta fazer o seu voo. No entanto, como no voo de Ícaro, é também uma experiência dolorosa.
Convido-o a fazer a travessia neste deserto cheio de tesouros.
Entretanto, tenha cuidado para não se deixar atingir pelo brilho do Sol que pode destruir qualquer chance de voo.
ISBN | 978-85-7976-064-8 |
Número de páginas | 128 |
Edição | 1 (2017) |
Formato | A5 (148x210) |
Acabamento | Brochura c/ orelha |
Coloração | Preto e branco |
Tipo de papel | Offset 75g |
Idioma | Português |
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