Em um contexto histórico marcado pela negação de costumes e hábitos ligados à cultura popular do Rio de Janeiro do final do século XIX e início do XX, viria a se consagrar o músico autodidata Ernesto Nazareth (1863-1934). Pianista talentoso, captava os sons que vinham da rua, tocados por músicos populares, e os traduzia com um estilo próprio em suas composições de tangos, polcas e valsas, gêneros típicos da música popular de salão da época. Intérprete de suas próprias obras, foi com o tango Brejeiro que alcançou seu primeiro grande sucesso. O tango brasileiro, aliás, foi o gênero que lhe deu notoriedade, ao qual dedicou mais da metade de sua produção.
Nazareth sonhou com uma experiência de estudos na Europa, que não se concretizou, e com uma carreira de virtuose. Buscando o reconhecimento no universo erudito, aventurou-se na criação de peças com elementos de linguagem de um repertório pianístico romântico. Muitos de seus tangos resultam em peças tecnicamente complexas, com emprego de tonalidades e técnicas que apontam para um aprimoramento maior. É por causa disso que Nazareth é conhecido por transitar entre dois mundos, o da música popular e o da música de concerto.
Este trabalho examina parte da trajetória do compositor e algumas de suas produções, comparando-as com procedimentos utilizados na música de concerto, para investigar essas influências em sua formação.
ISBN | 978-65-002-3192-2 |
Número de páginas | 74 |
Edição | 1 (2021) |
Formato | A5 (148x210) |
Acabamento | Brochura c/ orelha |
Coloração | Preto e branco |
Tipo de papel | Polen |
Idioma | Português |
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