Estranhas pessoas

Era uma rua movimentada. Achou um cantinho e sentou. Sempre andava com um giz no bolso. Na calçada escreveu:

Estou aqui tocando essa música. Ela não é perfeita. Na verdade, nem sei se ela é boa o bastante. Mas peço que a escute. Eu sou alguém com poucas posses. Eu preciso ter forças para caminhar amanhã. Por isso, peço que deixe algum trocado para mim nesse copo de plástico. Sei que a música não agradará aos seus ouvidos, então pode deixar alguma coisa por pena mesmo. E claro, como última instância, eu devo dizer. Também aceito amor.