Na loucura desmedida de buscar a projeção social com seus escritos, muitos poetas descartam o que se passou no íntimo do seu ser, desprezando a poesia em todas suas dimensões evolutivas.
Na busca pela lapidação artificial dos seus poemas, esquecem-se que o poema só tem a alma do autor, quando exibido em sua forma bruta, sem o olhar rigoroso da gramática e sem a influência do olhar crítico de um possível leitor, pois se o poema ganha alma com a visão do leitor, perde a alma do seu autor.
Os poemas devem ser mostrados na forma que foram colhidos pelo poeta, dentro de sua alma, em todas as fases de sua vida, seja ela medíocre ou intelectual.
O poeta não é dono de seus poemas, bem como não é dono de sua alma, que vagueia em busca de personagens ou objetos para a construção do poema. É a alma poética que induz o autor a mirar, a escolher e a descartar as musas, os seres dos seus poemas.
Cabe ao escritor apenas a função de ser comandado, sem resistência e sem críticas ao desejo de um ser maior, que aprisiona a alma de todos os poetas, para que ela cumpra apenas o que lhe foi ordenado.
Ao ser libertado do cárcere das almas poéticas, resta-nos lançar as poesias ao vento, para que elas dividam-se no ar e abracem as almas maduras e imaturas, que darão sua alma a elas, deixando o poeta eternamente sem alma.
Todas as poesias deste livro só possuem alma, porque este autor recusou-se a lapidá-las, mostrando-as na forma que foram colhidas em seus devaneios de ser vivente.
Número de páginas | 91 |
Edição | 1 (2011) |
Formato | A5 (148x210) |
Acabamento | Brochura c/ orelha |
Coloração | Preto e branco |
Tipo de papel | Offset 75g |
Idioma | Português |
Tem algo a reclamar sobre este livro? Envie um email para atendimento@clubedeautores.com.br
Faça o login deixe o seu comentário sobre o livro.