Década de trinta. Ficção. Escrita em primeira pessoa, o narrador-personagem, homem negro, jovem e letrado, conta sua história desde a sua saída de Recife em viagem de pau-de-arara até São Paulo. Epopeia. Personagens. Lugares. Fatos. Retrato do Brasil profundo.
Já em São Paulo, descreve de forma particular a família que o recebe. O primo Biu, meio abestalhado. A mulher do tio, diarista que só rezava. E o tio Sérvulus Fabrício, operário das fábricas.
Vai trabalhar no SAME - Serviço de Atendimento Médico e Estatístico do Juqueri. Ali, como terceiro escrivão, desnuda a vida do maior hospício do Brasil. Os funcionários e seus sonhos. Os médicos e suas teses. Os loucos e as suas solidões.
Migrante, o narrador, não conhecendo a cidade, passeia por ela, investiga, descobre. A vida dos bairros, os moradores, a luta pelo dia a dia. Brás, Bexiga e Barra Funda. Encontra outros negros pela cidade. A igreja de Nossa Senhora dos Homens Pretos. A liturgia. Os jornais. O Clarim. O baile da Rosa Preta. Denúncias. Militâncias. Racismo. Encontra também os velhos imigrantes. Portugueses. Espanhóis. Alemães. Italianos. As memórias. O trabalho. A Europa, lá, longe. A Europa que tenta se desenhar por aqui.
No Juqueri. Os tratamentos médicos. Terapias. O doente mental. Os pobres. O detrito social. O Brasil tem vergonha de mostrar sua cara. As teorias raciais. A eugenia. O embranquecimento. Darwinismo Social.
Literatura feita de história social do Brasil. Antropologia. Sociologia. Medicina. Enfermagem. Psicologia. Psiquiatria. Direito.
ISBN | 978-85-911090-0-5 |
Número de páginas | 558 |
Edição | 1 (2010) |
Formato | A5 (148x210) |
Acabamento | Brochura c/ orelha |
Coloração | Preto e branco |
Tipo de papel | Offset 75g |
Idioma | Português |
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