A poesia de cordel, desde as suas origens entre os trovadores medievais de Portugal, nos séculos XII e XIII, até os dias atuais, vem ganhando grandes espaços. Uma produção que passou a circular no Brasil por iniciativa do poeta paraibano Leandro Gomes de Barros, com o passar dos anos, se modernizou, saiu das feiras e ganhou o espaço das universidades de todo o mundo.
O universo da literatura de cordel, em pequenos folhetos, que em poucas páginas narram grandes histórias.
Nesta antologia, reunimos o trabalho de grandes poetas nascidos na região Nordeste. A exemplo de Costa Senna, cantor, compositor, ator e poeta, que no seu poema “Sobejo” relembra com saudosismo as belezas de sua terra, lugar de homens bravos, protegidos pelo “Padim Ciço Romão”. Temos também a participação da poeta Mariana de Lima, com seu poema “A Menina Benigna”, onde relata de forma poética a vida da menina que aos 13 anos foi brutalmente assassinada, no interior do Ceará. Passados 80 anos do fato, a menina que virou mártir foi, finalmente, pelo Vaticano consagrada a primeira beata do Ceará e a quarta do Brasil. Já o poeta Lucas Carneiro, no poema “A tentação: outra lenda da criação e a queda do homem”, faz um passeio pelo Jardim do Éden, desenhando a figura da primeira mulher e do primeiro homem, antes e depois do pecado. O poeta Chico Fábio, no poema “O cordel do fim do mundo” faz uma análise profunda da relação entre os povos originários e os invasores. Os que chegaram depois, passaram a negar a cultura dos nativos e o direito à vida. O poeta Gerardo Pardal, em seu poema “Debate entre o eleitor consciente e o analfabeto político”, faz uma crítica àqueles que fazem da política apenas um meio de vida, sem nenhuma preocupação com o bem da coletividade. O poeta Elcid Lemos, no poema “O Rei do Baião”, presta uma singela homenagem ao eterno Luiz Gonzaga. O poeta e artista visual, Carlos Nascimento no poema “Queda de braço”, faz uma crítica profunda ao mundo do capital, onde o dinheiro é tudo e a vida humana não vale nada. O poeta Jorge Furtado, no poema “O poeta e a lesma”, relata os conflitos que o ser humano vive em seu cotidiano. Joacir Rocha, em seu poema “Escola”, mostra a importância da Escola e da Educação para a transformação social e emancipação humana. Por fim, o poeta e compositor José Ronaldo Rogério Alexandre, no poema “O cangaceiro e o lobisomem” transcreve em belas rimas o universo das lendas e lutas que transcendem o universo do homem do sertão nordestino.
Número de páginas | 123 |
Edição | 1 (2024) |
Formato | A5 (148x210) |
Acabamento | Brochura c/ orelha |
Coloração | Preto e branco |
Tipo de papel | Offset 75g |
Idioma | Português |
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