O que une o filósofo do martelo ao "Mestre" de Fernando Pessoa? Nesta obra, André Boniatti promove um diálogo instigante entre Friedrich Nietzsche e Alberto Caeiro, investigando como a poesia pode ser o palco para a mais radical superação da metafísica ocidental. Longe de ser apenas uma comparação acadêmica, este livro explora como o olhar de Caeiro realiza, verso a verso, a promessa nietzschiana de uma vida livre de ilusões.
Partindo da célebre provocação de Eduardo Lourenço — que identificou em Caeiro a encarnação do Übermensch (o Além-do-Homem) —, o autor percorre o caminho de um "retorno à natureza" que não é romântico, mas ontológico. É a tentativa de repor as coisas em seus lugares, limpando o pó das ideias e recuperando a pureza da sensação.
O cerne deste estudo reside na análise do Poema VIII de "O Guardador de Rebanhos". É nesse momento decisivo da poética caeriana que a desconstrução das tradições morais e cristãs atinge sua máxima potência. A densidade dessa leitura foi tamanha que deu origem ao ensaio publicado na prestigiada coletânea internacional Nietzsche e Pessoa (Ed. Tinta da China), referência máxima nos estudos sobre o tema.
Nietzsche em Caeiro é um convite para aprender a "desolhar" o mundo. Um texto essencial para pesquisadores de literatura e filosofia, e para todos os leitores curiosos que desejam compreender o que significa viver, enfim, para além do bem e do mal.
| Número de páginas | 135 |
| Edição | 1 (2025) |
| Formato | A4 (210x297) |
| Acabamento | Brochura s/ orelha |
| Coloração | Preto e branco |
| Tipo de papel | Offset 90g |
| Idioma | Português |
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