NO ANTRO DA POESIA

Ler para crer!!!

Por José Antônio da Luz

Código do livro: 389360

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Poesia, Literatura Nacional

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Sinopse

Caros amigos leitores, esta mostra antológica se trata de um conjunto de textos poéticos, em cujas reflexões retratam-se o Homem e a Vida. O trabalho poético, que se constitui numa atividade, a um tempo prazerosa e complexa, é abordado, sem deixar de dar o devido valor a qualquer variação linguística. As palavras são consideradas como entes viventes, possuindo sons, formas, cores, gostos e outras tantas características anímicas que as fazem assemelhar-se aos homens. Além da arte de poetizar, em especial, o universo humano picoense é abordado como um modelo-padrão em toda a sua extensividade, através da exploração de temas variáveis que se apresentam sob o enfoque de um “eu-lírico” atento a tudo e a todos. Usando uma linguagem adequada ao que menciono, nas suas variedades, torno-a inclusiva, para que os apreciadores desta obra, democraticamente, absorvam-na, sem discriminação das vozes que falam nos enunciados. A minha visão de mundo se debruça sobre a realidade presente, sem deixar de referir-me à passada e à futura, esta última influenciada, é claro, pelo processo da atual.

Vários temas são abordados, em versos livres, ou dispostos em rimas, que se apresentam num estilo comum, sendo estas raramente ricas, clássicas, raras ou preciosas. Critica-se, aqui, a crise do País, falando-se, ainda, do poeta em seus flagelos, da poesia, de um amor traduzido num misto de gozo e sofrimento, das coisas terrenas, das mazelas sociais e das admoestações políticas, advindas de um clientelismo separatista e de um sistema doentio. Uma educação pública em decadência, fruto do descaso das instituições políticas, também, nesta crestomatia, revela-se, onde se percebe o caos, quando se chocam ideologias e suas formas de linguagem, sabendo-se que estas possuem seus valores próprios, como o caso do moderno “Internetês”, tão massificado nas redes sociais.

A minha cidade, Picos, é descrita em sua geografia, com seus políticos idólatras e um povo valente, vitimado pela desagregação, devido a secas e estiagens, contudo deixando transparecer um certo ufanismo que se afigura, em cada um de nós, revelando-nos como natos picoenses de coração.

Como Professor de Português e amante da Literatura, não considero o poeta-escritor uma pessoa “sui gêneris”, um ser diferenciado: simplesmente, neste livro, o eu-poético se revela, falando de si próprio, do outrem e do mundo, sob o efeito do ópio denominado “poesia”, que o move, na busca do entendimento plausível entre si e o universo dos possíveis leitores. Para isso, procura-se uma certa adequação com o leitor, no processo de emissão e recepção das mensagens. Utilizam-se recursos artificiais da linguagem, na evasão de ideologias e pareceres sobre o nosso Homem e o seu meio (em especial, cidade de Picos e macrorregião), no âmbito social, religioso, político, econômico, cultural, e em outras vertentes. Tudo isso se observa no poema “Um braço do Nordeste” que, quanto ao aspecto religioso, eis um trecho:

“Nas procissões e festas, durante anos,

Volteando Picos, lá de um alto andor,

Nosso Paráclito e santíssimo Redentor

É carregado pelos braços de humanos.”

Ainda, em relação ao poema ora citado, temos trechos sobre o aspecto cultural da nossa gente, como o seguinte:

“Pois, em ti, vejo tão vibrantes piauienses;

A ti cantam tão vibrantes menestréis,

Com trovas críticas, sãs, cálidas, fiéis,

Timbradas pelos “mártires picoenses.”

Outrossim, abordo em alguns trechos do poema em pauta, o aspecto político em tom ferrenhamente crítico. Em se tratando da crítica sócio-cultural, econômica e religiosa, esta também paira por muitos outros trechos poéticos, extraídos de outros poemas deste livro, como: “Natais dicotômicos”, “A morte de um País”, “Colibri” (poema musicado que retrata algumas cidades piauienses), dentre outros.

As relações amorosas são atuais ou rememoradas, carregadas de venturas e desventuras, cujas emoções se assentam como marcas inapagáveis, trazendo, pois, ensinamentos, decepções, saudades, dentre outras sensações vivenciadas. Certos vultos importantes, para mim, como meus pais, dentre outros (com ou sem traços consanguíneos) são verdadeiros fanais para a minha inspiração em alguns poemas, extraindo-se destes algum ensinamento ético ou proeza lúdico-moralista.

Nesta antologia, ainda, em certos poemas, observa-se a alegria repentina do sertanejo, quando a terra, em mutações fantásticas, recebe a dádiva celestial em forma de chuvas, transformando-se o clima seco e estiado em um clima, agora agradável, verdejante e úmido – a época do inverno.

Algumas evoluções metalinguísticas, fruto da minha experiência para com os processos comunicativos, através da mundivivência com as variantes da língua, são salientadas também, aqui, neste compêndio, como mostram, dentre os demais, os seguintes textos em versos: “A poesia”, “Os poetas”, “Desuniversidade” e outros. Mesmo sabendo da importância do registro padrão do nosso idioma, em textos injuntivos ou informativo-didáticos, notável é a minha aceitação das variantes linguísticas no processo democrático da comunicação, as quais estendo aos caríssimos leitores, em circunstâncias adequadas, para, assim, mostrar o nível sócio-cultural das personagens que falam nos poemas. Acho, pois, isso justo, já que a poesia está em tudo o que existe, em tudo o que faz parte do ser humano e daquilo que o rodeia ou influencia. A língua mais acertada é aquela na qual se expressam sentimentos e ideais do nosso povo, através de seus feitos e memórias.

Em certas partes deste livro, apresentam-se textos voltados para a expressão da família, convocando todos da árvore genealógica para a união, geradora da paz e demais vantagens sócioafetivas. Toda essa temática, enfim, traduz-se em bússola que lhes orienta na passagem pelo mar da vida, expondo-lhes, às claras, extensivo filme sobre experiências próprias do autor, dos seres humanos e do mundo, respeitando o Criador e as criaturas, através de uma suprarrealidade movida pela intuição deste humilde artista. Daí, leitores, os senhores hão de navegar por sobre este dilúvio de formas e plurissignificações, tentando analisar os principais pontos ideológicos que traço a respeito da Poesia e do que a ela se envolve: homem, natureza, vida, Deus, mundo, amor, religião, política, linguagem, cultura, fé e tantos outros elos da corrente universal do existencialismo.

Espero, diante de todo esforço concentrado, ter feito uma obra que desperte, nos leitores, a importância da Leitura e da Escrita, tidos como instrumentos de conquistas, para que abramos as nossas portas para o mundo.

Com respeito e gratidão,

José Antônio da Luz

(Dedé Luz)

Características

ISBN 9786599417214
Número de páginas 70
Edição 1 (2021)
Formato A5 (148x210)
Acabamento Brochura c/ orelha
Coloração Preto e branco
Tipo de papel Offset 90g
Idioma Português

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