O MAJOR ALARICO, NUM REPENTE, RESOLVEU FECHAR A PORTEIRA.
O tempo, como sempre acontece, foi ganhando cancha. Quem abriu a guaiaca e jogou seus patacões, apostando num quinto volume da “Comédia Gaúcha”, se deu bem e forrou o poncho.
O primeiro volume da Comédia Gaúcha, um “Cavalo Verde” da melhor morfologia, foi recebido com palmas e refestério por homens chegados ao rebanho das letras.
Como é useiro e vezeiro, atrás de um bom cavalo vem a trote, língua de fora, um cachorro. Pois saiu o segundo volume, “O Cachorro Azul”. E não se perdeu a pena do ganso. No galope dos anos, ganhou querência “O Gato Escarlate”, talvez o mais risório das crias de um tal Coronel.
No mais recente, apareceu o “Filé de Borboleta, o Don Juan de Bagé”. O cuera saiu do campo aberto das páginas do livro para se rebolcar no cinema, nutrindo 4 curta metragens de bom refinamento.
Décadas adelante, ganhou pastos “O dia em que o Major Alarico virou estátua”. Os causos são contados com o aprumo dos gaudérios que se afeitam no espelho pendurado na figueira e partem para os fandangos da noite.
Ganha estrada uma tropa de centenas de causos colhidos nas vivências com a gente campeira ou provinciana. O causo é a nossa conversa de roda de mate, fogo de chão. Ele revela que, por trás de uma alma empinada que estampa o gaúcho, existe gente que sabe rir da vida, assunteia com riso travesso as estrepolias do pampa.
Os editores
Número de páginas | 100 |
Edição | 1 (2023) |
Idioma | Português |
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