Nas selvas densas às margens do rio Doce, que se estendem até o Oceano, os Aimorés travam uma guerra cruel contra as tropas irregulares do domínio colonial, controladas por proprietários de sesmarias, mineradores ambiciosos e inescrupulosos, violadores e ladrões de toda espécie. Liderados pelo guerreiro Tetchuk, da etnia Gut-krak, os nativos enfrentam o inimigo numa guerra sem paridade de armas.
Encorajados pela Carta Régia de Dom João VI que decreta o combate sem tréguas aos “antropófagos botocudos”, os Aimorés da grande nação Tapuia são caçados até o aniquilamento total, vítimas de emboscadas, ataques de extermínio, contaminação proposital por varíola e envenenamentos.
É neste ambiente inóspito e sem lei, a Leste de Minas rumo ao mar, que Guido Marlière junta-se aos indígenas e tenta estabelecer um mínimo de justiça e humanidade na vastidão de verde e violência.
A partir de Vila Rica ou dos quarteis distribuídos ao longo do rio Doce, o tenente francês, que os nativos chamam carinhosamente de Capitão Nherame, transita entre o mundo inóspito das matas e rios, os debates políticos acalorados em Vila Rica, as denúncias de espionagem a serviço de Napoleão Bonaparte, as calúnias e infâmias que o levam à prisão; e o contato com os ilustres visitantes e cientistas europeus, os etnólogos Spix, Martius, os siderurgistas Barão de Eschewege e João Monlevade e os naturalistas Saint Hillaire, Georg Wilhelm Freyreiss e Friedrich Sellow.
| Número de páginas | 260 |
| Edição | 1 (2025) |
| Formato | A5 (148x210) |
| Acabamento | Brochura c/ orelha |
| Coloração | Preto e branco |
| Tipo de papel | Offset 75g |
| Idioma | Português |
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