Este não é um compilado de poemas com finais felizes. Tampouco acredito que haja por aí muitos livros de poemas que o sejam. Ouvi certa vez que quem é feliz não escreve; mas me dou o direito de discordar. Só escreve quem é feliz; e depois não é mais. Sob o céu de abril, cada palavra é brasa e cada verso é o fôlego antes do incêndio. Este livro não se contenta com sussurros – ele grita, arde e consome o silêncio até que não reste nada além de cinzas. São poemas que desafiam a serenidade do horizonte, que se lançam sem medo ao desvario dos sentimentos, como folhas secas varridas pelo vento quente do início do outono.
Os poemas, cartas e pequenas crônicas contidas neste livro são fruto, precisamente, disso. De instantes de combustão, de epifanias que cintilam e se desfazem no mesmo momento, de um desejo incontrolável de nomear aquilo que escapa. São fragmentos de uma alma que se expande e se contrai como labaredas, queimando certezas e iluminando verdades fugidias.
Não espere amarras. Aqui, a poesia dança à beira do precipício, rasga o céu como um raio e mergulha fundo na escuridão do não dito. Entre a fúria e a delicadeza, entre o impulso e a contemplação, este livro é um campo aberto ao fogo das palavras – um convite para quem ousa atravessar as chamas sem medo de se perder.
ISBN | 9786598759209 |
Número de páginas | 122 |
Edição | 1 (2025) |
Formato | A5 (148x210) |
Acabamento | Brochura c/ orelha |
Coloração | Preto e branco |
Tipo de papel | Couche 150g |
Idioma | Português |
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