Um profundo e inabalável amor e respeito pela Natureza, por todos os entes, vivos ou não, emerge da poesia japonesa de todas as épocas. Este culto à Natureza é um dos vectores do xintoísmo, a espiritualidade tradicional dos japoneses, e está bem representado nos epigramas haikai, essas minúsculas composições, sem rima, de extraordinária capacidade evocativa, metafórica, abstractizante - uma combinação de simplicidade de forma com a requintada estética japonesa.
Treze poetas estão representados neste livro, abrangendo um largo período de tempo – quatro séculos. As traduções são originais e feitas directamente do japonês (ou do inglês no caso do poeta Yone Noguchi).
Para Conrad Meili o haikai é uma ponte que, ao atravessá-la, o leitor de um espectáculo da natureza numa estação do ano, passa para uma ideia mais profunda. Depende do leitor estar a ponte aberta ou fechada. Inspirado por esta ideia, viajou-se por Portugal, em diversas ocasiões, ao longo de cerca de um ano, de forma a fotografar as diferentes fases do crescimento das plantas e as estações do ano, de que os poemas nos falam. Todas as imagens são originais e a maioria foi obtida de propósito para a presente obra. Algumas imagens foram realizadas em estúdio.
Número de páginas | 45 |
Edição | 1 (2025) |
Idioma | Português |
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