RHEDLER E A PRINCESA INVISÍVEL
1932, A Tuberculose assolou os estados do sul, em um vilarejo de 300 famílias no vale do manjericão, divisa do Uruguai.
Rhedler chorava convulsivamente junto a rude sepultura dos pais, uma vizinha a tomou pela mão, dizendo: vou levar você, para seu avô é seu único parente vivo.
Ele Mora sozinho numa cabana ao sopé das duas colinas gêmeas.
_Não vou ficar com você pequena porque tenho 8 filhos para criar e meu marido é um bêbado inveterado, falta comida até pra nós.
Mas te aviso seu avô, tem fama de mau e não se dava com seu pai, porém todos sabem que amava Isabel sua mãe, mas não aprovou ela ter fugido de casa com seu pai.
O desgosto fez ele se isolar totalmente lá na cabana só vem uma ou outra vez comprar mantimentos e não conversa com ninguém.
Caminharam cerca de duas horas, uns oito km, e no alto da colina se avistava a fumaça saindo de uma chaminé.
Quando chegaram o vô de Rhedler, cortava lenha aos fundos da cabana no quintal, apesar de seu 68 anos, parecia um jovem ereto com seus cabelos brancos cintilantes ao sol e barba branca de alguns dias sem fazer.
Foi logo dizendo: fora daqui! - Vocês não são benvindas.
Eliza argumentou seu Rodolfo a tisica matou os pais dessa menina e ela é sua neta, não tem mais nenhum parente.
Por isso eu trouxe ela, só o senhor pode terminar de criá-la, ela só tem 8 anos.
- Eu não gosto de crianças.
- Saiam daqui.
Descendo a trilha assustada Eliza para, respira fundo e dá à pequena Rhedler, sua bolsa com seus poucos pertences e diz volta e não tenha medo, lembra ele é teu avô, não te fará mal.
Você vai quebrar o gelo desse coração de pedra, essa deve ser a tua missão, tua doçura fará esse milagre, boa sorte.
Quando Rodolfo descobre a menina sentada nos degraus da entrada de sua cabana, ficou doido de bravo e saiu correndo atrás de Eliza, mas já era tarde ela havia sumido estrada abaixo.
Era tardinha ele desviou – se da menina e entrou batendo a porta.
A menina insistia vovô deixe – me - entrar está frio, ele a ignorou.
A noite caiu e começou chover muito, como havia silêncio lá fora, ele pensou deve ter descido a colina antes da chuva.
Mas a menina valente sem chorar ou reclamar entrou no galpão de abrigo das ovelhas e cabras e deitou - se junto, aos animais e ali adormeceu, estava muito cansada.
Ao alvorecer o sol começa sair detrás da colina e Rodolfo veio ordenhar a vaquinha de leite, chamada Gertrudes.
E ficou surpreso ao encontra a neta dormindo abraçada uma das ovelhas, como se fosse uma no rebanho.
- Vamos levante- se bicho preguiça, Ela acordou e foi logo cumprimentando com sorriso largo, - Bom dia vovô!
Não obteve resposta ele estava ordenhando a vaca, e ela espiava o que ele estava fazendo por baixo da barriga do animal.
Ele estendeu para ela a caneca com leite quentinho e disse ríspido tome.
Ela tomou com muita vontade e limpou a boca com as costas da mão.
Mais parecia um bichinho do mato, de olhos arregalados e cabelo a meio ombro, desalinhado.
Olhos escuro brilhantes, cheios de esperança em ser aceito.
Ele saiu dali dizendo: venha vamos comer mingau.
Ela entrou na casa, atrás de seu avô, A casa era simples um só cômodo, onde se via um fogão a lenha e uma mesa com uma cadeira e uma cama de solteiro.
Número de páginas | 69 |
Edição | 1 (2017) |
Formato | A5 (148x210) |
Acabamento | Brochura c/ orelha |
Coloração | Preto e branco |
Tipo de papel | Offset 75g |
Idioma | Português |
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