. O Ecossistema da Fé (A metáfora do Fungo)
2.1 A biologia da proliferação
A periferia das grandes cidades, onde o Estado é ausente e a igreja é a única luz acesa às 22h.
Assim como os fungos decompõem matéria orgânica para criar vida nova, essas igrejas surgem onde o tecido social está esgarçado. Elas oferecem rede de apoio, cura para o vício e senso de comunidade. O dízimo suado do trabalhador alimentando impérios midiáticos.
2.2 A Liturgia do Cotidiano
Esse título "Teocracia de Asfalto" traz uma imagem urbana forte, sugerindo um poder que não vem das montanhas ou de desertos distantes, mas que brota das fendas da cidade, do chão batido e do cotidiano duro.
Não houve planejamento urbano que as previsse, nem arquitetos que desenhassem seus vãos. Elas brotam nas fendas do meio-fio, entre um bar de copo sujo e uma farmácia de rede, proliferando com a insistência silenciosa e biológica dos fungos.
Onde o asfalto racha por abandono do Estado, o sagrado ocupa a brecha. São as igrejas de garagem, os templos de porta de aço, onde o óleo ungido disfarça o cheiro de mofo do galpão e a caixa de som, saturada de graves, tenta empurrar as preces para além do teto de zinco.
Ali, a teocracia não é de ouro ou mármore; é de PVC, cadeira de plástico e uma fé que precisa ser tão resiliente quanto a erva daninha que insiste em furar o concreto."
| Número de páginas | 67 |
| Edição | 1 (2025) |
| Formato | 16x23 (160x230) |
| Acabamento | Brochura s/ orelha |
| Coloração | Preto e branco |
| Tipo de papel | Offset 75g |
| Idioma | Português |
Tem algo a reclamar sobre este livro? Envie um email para atendimento@clubedeautores.com.br
Faça o login deixe o seu comentário sobre o livro.