Houve um tempo em que acreditávamos ser eternos. A Terra — azul, viva, pulsante — parecia infinita. Mas a eternidade se revelou um cálculo errado. No século XXIII, a soma de erros, ganância e silêncio nos levou ao ponto de ruptura. O ar rareou. Os mares se tornaram ácidos. O sol, que um dia aqueceu, passou a queimar. Não foi uma guerra, nem um impacto cósmico, mas o colapso gradual daquilo que chamávamos de lar.
Quando o primeiro vento sem oxigênio varreu as planícies da Europa e cidades inteiras adormeceram sob o véu do dióxido, compreendemos: o tempo havia acabado.
E, diante do abismo, a humanidade fez o que sempre soube fazer — olhou para o céu.
De todas as luzes que brilhavam nas noites turvas, uma se destacava: o ponto vermelho de Marte. Frio, morto, mas convidativo.
Um espelho do que um dia fomos — e talvez, do que ainda poderíamos ser. Foi nesse momento que nasceu o Projeto Aurora.
Não como uma tentativa de fuga, mas como um ato de redenção. Reacender o coração de Marte significava reacender a esperança humana.
Não se tratava apenas de sobreviver, mas de aprender, finalmente, a ouvir os mundos que habitamos. Este livro é o registro dessa jornada. Uma história sobre ciência e fé, ferro e fogo, máquinas e almas. Sobre o limite entre o que é vivo e o que apenas pulsa.
Os engenheiros, cientistas e sonhadores que embarcaram para o planeta vermelho não buscavam apenas um novo lar — buscavam perdão. E no frio abismo marciano, descobriram que talvez os planetas também sonhem.
Número de páginas | 125 |
Edição | 1 (2025) |
Formato | A5 (148x210) |
Acabamento | Brochura c/ orelha |
Tipo de papel | Offset 90g |
Idioma | Português |
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