O mundo não terminou com um estrondo, mas com um sussurro venenoso.
Não foram as bombas. Não foram os incêndios que consumiram cidades ou os ventos radioativos que arrasaram florestas. Foi o que veio depois.
Um silêncio espesso, pesado, que se instalou sobre os escombros da civilização. Um silêncio que doía nos ouvidos e congelava a alma. Era a ausência de aves, de insetos, do zumbido distante de motores. Era o vácuo deixado por bilhões de vozes caladas. E, nesse silêncio, algo cresceu. Algo que transformou as ruínas em pesadelos vivos.
Um inverno nuclear cobriu a Terra com um manto de neve cinzenta e contaminada. Sob ele, a vida humana encolheu, espremendo-se em bolsões de desespero. Cidades viraram necrópoles de concreto e aço, labirintos onde a morte usava novas roupagens. E foi nas sombras desses túmulos arquitetônicos, no frio que mordia até a medula, que a simbiose floresceu.
Os Monstros.
Não eram apenas zumbis. Eram algo pior, mais insidioso, mais… criativo em sua horrenda diversidade. Fruto de uma simbiose perversa entre o que restava da biologia terrestre e o veneno que caíra do céu, eram mutações vivas, pesadelos ambulantes. Peles lisas e coriáceas, cavidades rasgaram o que antes fora um rosto – fendas circulares cheias de dentes em espiral, ou mandíbulas horizontais que rasgavam do queixo à testa. Olhos e nariz foram engolidos pelas cavidades monstruosas. Eles não estavam mortos. Estavam transformados. Uma evolução acelerada pelo apocalipse, guiada por
ISBN | 9786501625980 |
Número de páginas | 310 |
Edição | 1 (2025) |
Formato | 16x23 (160x230) |
Acabamento | Brochura c/ orelha |
Coloração | Preto e branco |
Tipo de papel | Polen |
Idioma | Português |
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