100º livro do autor das série "OLYMPUS" e "EROTIQUE", com outros 98 livros publicados no Clube de Autores.
Alguns trechos:
“As gotas que vejo escorrendo pela vidraça / São rastros do amor que tua ausência baniu, / Deixando-me essa saudade que me abraça / Nessa chuva inclemente que a noite não viu...”
“Descobri, não sei por que, / Que meu amor por você / Jamais teve idade, / Apenas eternidade...”
“Essa tristeza que disfarço / Não diz nem metade das coisas / Do que diz minha solidão”
“Para te procurar, / Pelas ruas, a esmo, / Eu me vesti de luar, / E me disfarcei de mim mesmo...”
“Dentro de seus olhos se esconde / A felicidade, que esqueci não sei onde…”
“Na imensidão dos olhos, / Há vários universos / Onde o amor se esconde…”
“Você é meu poema predileto, / Aquele que recito todo dia, / Colhido no jardim secreto / Onde plantei minha Poesia…”
“Não sei mais como expulsar / Esse desespero, esses desenganos. / São poucos metros a nos separar, / Mas são tantos oceanos…”
“Não me peça para definir Poesia, / Pois fiz isto de forma definitiva / Na primeira vez em que amei você…”
“Lembre-se de memórias que jamais teve, / De reminiscências que o próprio tempo esqueceu, / Para celebrarmos o amor que aqui nunca esteve, / Nesse livro de histórias que ninguém nunca leu...”
“A felicidade se esconde atrás de ciladas, / E para atravessar essa estrada doída, / Nós dois andamos sempre de mãos dadas, / Ajudando um ao outro a enfrentar a vida...”
“E quando o amor se diz ausente, / / E aquele brilho some do olhar, / Então a escuridão se faz presente, / E a solidão convida pra dançar...”
“Acho que vou no bar tomar um Bilac, / Austen que seja tarde demais, / Para Verlaine se te esqueço, / E, como diria Peter Pan: ‘Para o alto e Cervantes’!”
“E enquanto sigo rindo, pela vida afora, / Meu coração por dentro sangra e se dilacera, / Pois já não te quero mais, é certo, / Mas ainda e sempre, te amo…”
“A vida é mesmo uma estranha fiandeira! / Olhando para o teu lindo sorriso apaixonado, / Percebo: o que todos procuram a vida inteira / Sempre esteve aqui, bem do meu lado...”
“Escondo-me entre torres de marfim, / Entre as quais camuflo a verdade: / Vivo para sempre aprisionado em mim, / Nas masmorras de minha saudade...”
“Provei dessa boca carmim / Em beijos no meio da rua, / Como pude esquecer assim / Das lembranças de você nua, / Tão perdida, dentro de mim, / E eu, em uma lágrima tua?”
“Já lhe revelei que eu a adoro, / E que você é minha outra metade, / Por isto no sonho onde moro / É o lugar no qual você é de verdade?”
“O meu primeiro dia sem você / Começou logo depois da meia-noite, / Mas nunca mais terminou...”
“Quando eu morrer, ao fim dessas estradas, / Não me enterrem num cemitério qualquer, / Mas sim ao lado dela, / Se possível no mesmo caixão! / Deixem nossas mãos entrelaçadas, / Para que não fique, por um momento sequer, / Sem sentir sua presença, na mesma cela / Onde nos reuniu a Escuridão...”
“E em meu olhar a labareda / Despertada quando você aparece, / Cercada de orvalho e seda, / Aos poucos se desvanece, / E lentamente se perde no ar, / E perece na noite que nem a vê, / Pois seu triste destino era sonhar / (Em vão) com você... /
“E ao fim dessas expedições, / Um abraço imenso celebre / A promessa de novas missões, / Para curar minha febre, / Enquanto com teus beijos respondes / Que sou o primeiro a desvendar / Os segredos que escondes / No fundo de teu infinito olhar...”
“Vivemos tantas vidas com nosso amor imortal, / Que sempre esteve acima de todo o mal, / E agora, quando me declaro te enfureces, / E vens dizer que nem me conheces?”
“Sua presença invisível / Se traduz de forma incrível, / E tanto amor em meus versos não cabe, / E só você é que não vê, só você é que não sabe...”
“Será que às vezes tem saudade / De como nos amávamos tanto, / Daquela fábula que foi de verdade, /
Daquele amor que era puro encanto?
“Acordei nesse momento desse devaneio exótico, / Voltando à realidade do meu mundo trágico,/ Por tua presença outra vez mais ávido, / À espera do próximo sonho mágico...”
“Depois de algum tempo, quando a dor se acalmar, / Quando não estiver tão exposta essa dor que se vê, / Mesmo assim, não sei se conseguirei me lembrar / Que algum dia preciso me esquecer de você...”
“Quando o vento desfizer essas naves / Frágeis, com papel construídas, / Terei exorcizado o que restou, / E jogado fora as últimas chaves, / A derradeira lembrança que ficou / Do frágil amor que destruiu nossas vidas…”
“Como num livro de Sartre, / Eu vagava sem rumo pelas ruas / E pelas vielas de Montmartre, / Entre mulheres quase nuas...”
“Nem vi o cartaz, de tão embevecido, / E não poderei contar em minhas memórias, / Sobre a noite em que não assisti / A um filme lindo com você...”
“Depois de uma noite eufórica, / E de um último beijo apaixonado, / Deixe-me dormir sob suas pupilas, / Iluminado pelo seu lindo sorriso! / E, se eu não despertar nunca mais, / Que jeito mais feliz de morrer...”
“E nos abraçamos com nostalgia, / Nessa sofreguidão que vem depois! / Então dormimos, e ao nascer do dia, / Vemos a manhã encher-se de magia / Quando vê passarmos assim nós dois, / De mãos dadas, junto com a Poesia!”
“Derramo em meus versos a paixão que acalento, / E deitas em meu colo, escutando, atenta e sorridente, / Aqui dentro, nós dois e a Poesia, e lá fora o vento, / A celebrar esse amor enorme, que é por ti somente!”
“O amor é sempre traiçoeiro, / E quase nunca escolhe a quem amar, / O amor é de quem chegar primeiro, / Quem chega depois só faz chorar...”
“Quando você abandonou a minha Poesia, / Por que minha inspiração a esqueceu? / Quando meu coração se tornou uma sala vazia, / Em que momento deixamos de ser você e eu, / Por que de repente em meu olhar chovia, / Em qual verso o meu amor por você morreu?”
“Beijaste minhas mãos, e as apertaste com ternura, / E disseste que ainda não me amavas, mas um dia o farias, / Pois o que viras em meu olhar, afinal era a cura / Para a falta de amor que maltratava os teus dias...”
“Riste muito, quando te disse que estava invisível, / E teu olhar mágico me descobrira assim mesmo, / E nos abraçamos, num momento incrível, / Como se nos houvéssemos encontrado a esmo!”
“E, quando chegar esse dia funesto, / No céu, duas novas estrelas binárias brilhando / Estarão em eterno contraste com todo o resto, / Uma em volta da outra, para sempre se amando...”
“E uma última lágrima de meu rosto escorre, / Enquanto a tênue chama do lampião afinal morre, / Eu descubro que para sempre te amarei, / Mas de que adianta, se tua saudade é só o que terei?”
“A Lua sobre o mar verte seu reflexo, / E sente suas lágrimas à distância, / Nessa triste paixão sem nexo, / Sem um do outro sentir a fragrância...”
“Meu olhar apagado voltou a ser ardoroso, / O calor de seu olhar encheu-me de coisas boas, / Como pode um sorriso ser tão poderoso, / A ponto de ressuscitar pessoas?”
“O amor é um sentimento esquisito, / De momentos divinos e profanos, / Podendo ser efêmero ou infinito, /
Naufragar na primeira tempestade, / Esconder-se no coração por anos, / Ou mudar de nome e virar saudade!”
“Deixa-me decifrar-te, / És a minha amada / Ou a minha paixão, / A musa sonhada / Ou a minha perdição, / A Poesia ou a Arte?”
“Olhando essa fotografia na parede, / Que traz nós dois juntos e abraçados, / Espero às vezes que alguém me segrede / Que seus olhos na foto estão marejados!”
“Pois vi que sob a roupa és realmente fantástica, / Ainda bem que tivemos essa atração instantânea, / E, pelo espelho, fui admirando a tua plástica, / A dançarmos com ardor o último tango em Goiânia...”
“Vou deixar de lado os meus enganos, / Para tentar por toda a noite te decifrar, / Pois os mais insondáveis oceanos / São os que moram no fundo do olhar...”
“Oh, navegante dos sonhos, / Diga-me: serei pelo meu amor correspondido, / Ou condenado a pesadelos medonhos, / E em algum deles perdido?”
“Seduzem-me as tuas correntes, / Que docemente me tocam / E roçam-se no escuro as nossas mentes, / E trocam-se nossos sedutores olhares, / E tuas risadas gostosas me provocam, / Mas e se eu não voltar de teus mares?”
“Sussurrei o teu lindo nome nos ouvidos do vento, / Confessando como era grande o meu sentimento, / Mas o fofoqueiro se encarregou de esparramar / O meu grande segredo até que pudesses escutar!”
“Queria tanto te ligar, mas não ligo, / E se mais uma vez me rejeitasses? / Pego de novo o telefone, mas é inútil, não consigo... / E o pranto rola suave de nossas faces.”
“Nossos risos enchem o ar / E colorem o som do vento / Tudo que faço é por te amar / Nesse lindo sonho que invento / Girando num veloz carrossel / Mais lúdico que a luz do luar / Ou brincando de pintar o céu / Com as estrelas de teu olhar”
“Nas nuvens, voavam livres meus versos, / Vagando num vórtice de vinte universos, / Buscavam a luz que de teu ventre emanava, / Na voraz vertigem do amor que eu te dava...”
“E pela manhã, quando desvelo os olhos, e te vejo, / Ainda vertendo aquele teu redivivo desejo, / Sei que voltei a ser venturoso outra vez, / Enquanto vens e me revestes de novo com tua nudez!”
“Quem é este pálido ser / Que me encara de volta nos espelhos, / O que fez para merecer / Ter os olhos sempre vermelhos / De pranto?”
“A eternidade pode durar bilhões de anos, / Até o Universo entrar em colapso, / Ou pode durar apenas o instante / Do primeiro (e único) olhar...”
“Meu amor por você está mais maduro, / Despiu-se dos sonhos e fantasia, / Mudou a interface da paixão, / Reinventou-se, e virou poesia!”
“E desse amor fracassado, / Uma lágrima escorreu / Pelo meu rosto vincado, / Que logo a chuva varreu...”
“Como matar esta saudade, / Que me envolve por todos os lados, / Que me sufoca com intensidade, / De nossos corpos cansados, / Depois de deixares em meu rosto,/ No final de uma noite atrevida, / De tua doce seiva o gosto / Que lembrarei pelo resto da vida?”
“Vamos juntar nossas línguas sedentas, / E, se depois de tudo lhe der vontade, / Ensine-me como se aprende paixões violentas, / Espalhe sua juventude sobre minha saudade.”
“Para que escrever rimas sem sentido / Se era você o final do meu show? / A música de minha vida virou um zumbido, / Pois sem você, minha festa acabou...”
“E, depois do êxtase com que me premias, / Olhas-me com esse teu sorriso desafiador, / Transformado por esse mais doce dos dias, / E radiante me confessas: o nome disto é amor!”
“E assim foi por toda a madrugada, / A nos descobrirmos, em suaves holocaustos, / Meus lábios, beijando teu rosto de fada, / Até a manhã nos descobrir, suados e exaustos...”
“Talvez o sofrimento seja necessário / Ou provoque um efeito contrário, / E a paixão se renda à eternidade! /
Olhando o seu retrato, eu me comovo, / Tudo o que queria era ter você de novo, / E não essa maldita saudade...”
“Como duvidar que o amor existe / Se eu o vejo todos os dias? / Como duvidar que o amor resiste / Às tempestades mais sombrias?”
“Olho para aqueles tantos versos ausentes, / Onde a emoção que hoje tenho não existia, / E me pergunto: onde está o amor que neles descrevi, / Por que neles ainda não há tantos versos pungentes, / Será que eu não tinha ainda encontrado a Poesia, / Ou será que foi em outra vida que os escrevi?”
“E assim foi, você entrou naquela aeronave, / E em seguida, para bem longe voou, / Levando de meu coração a chave, / Pois nunca, nunca mais voltou...”
“Palavras se vingam, / Xingam, / Murmuram, / Torturam... / Palavras versejam, / Desejam, / Maltratam, / E às vezes matam…”
“Adeus, meu derradeiro amor, rasgue esses versos, / Depois de ler esse desesperado e último apelo, / Uma triste despedida, antes dos dias perversos, / Pela frente, até que a morte encerre esse pesadelo!”
“Nesses últimos milhares de anos, / Nós nos amamos em tantas vidas, / Desde os tempos antediluvianos, / Nossas almas são cada vez mais unidas!”
“Um mundo sem você seria uma zorra, / Pois quem colocaria as coisas em seu lugar? / Quem faria carinho em minha cachorra / Quando a inspiração me pusesse a sonhar?”
“Algumas fotos suas ficaram nas molduras, / Que às vezes escondo, mas devolvo ao lugar, / Para despertarem de novo minhas amarguras, / Com esse sorriso que continua a me encantar...”
“Tantas vezes nos prometemos / Que sempre iríamos nos amar, / Que o amor não nos deixaria cicatriz, / E que juntos estaríamos no céu. / E pela vida inteira nos dissemos / Que, se nosso amor fosse acabar, / Haveria de ser em Paris, / Sob o luar refletido na Torre Eiffel.”
“E, enquanto a chuva cai mansamente, / Pela janela aberta meu pensamento escapa, / E livre, sem controle, / espalha essa semente / De tristeza, que minha alma esfarrapa, / Explodindo-a como se nada fosse, / Deixando-a despedaçada em um canto, / Convivendo com a memória tão doce / Dessa tua ausência, que me dói tanto...”
“Mas você é fruto de minha fantasia, / E por isto, apenas nela persiste, / Você foi criada em minha Poesia, / E somente em meus sonhos existe...”
“Our future is written, you and I / Separate lives, joined hearts / Lost people when sadness starts / Looking for one each other forever / Never you and me, never... / And the tears roll slowly down my face / While life goes on without a trace...”
Número de páginas | 623 |
Edição | 1 (2021) |
Formato | A5 (148x210) |
Acabamento | Brochura c/ orelha |
Coloração | Preto e branco |
Tipo de papel | Couche 90g |
Idioma | Português |
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