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FÁBIO COUTO LÍRIO

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Sobre o autor

Meu nome é Fábio Couto Lírio, tenho 36 anos, sou autista nível 1 de suporte diagnosticado aos 20 anos de idade. Durante toda a minha vida sempre fui aquele indivíduo mais reservado, demorei mais tempo para aprender a falar, me alfabetizei aos 7 anos de idade, quando eu estava ainda no maternal cheguei a passar por uma psicóloga que diagnosticou que eu tinha um quadro de rebaixamento intelectual e indicou que eu frequentasse escola especial, como meus pais viram que não deu certo pois eu estava encorporando os trejeitos de um outro aluno, permaneci somente por 6 meses na escola especial e aí meu pai junto com a minha mãe me colocaram na colocaram em uma escola comum. Minha vida escolar inteira foi em escola comum no qual sempre fui aquele aluno quieto que tinha poucos amigos e falava mais quando queria tirar alguma dúvida. Na minha faculdade no qual interrompi eu era aquele aluno que se expressava durante a aula, tirava as dúvidas e tinha poucos amigos. Nunca tive aquela vida social que muitos tem de viver rodeado de amigos por todos os lados, sempre fui seletivo em questão de comida, sempre odiei a pessoa falar uma coisa e depois mudar o discurso, desde os 15 anos de idade eu já demonstrava um gosto por certos assuntos que foram mudando com o passar do tempo. Falo o que penso independente da reação da pessoa porque sempre fui franco, sincero e verdadeiro. Durante toda a minha infância, minha adolescência até minha fase adulta eu sentia que eu era diferente das outras pessoas porque eu via todo mundo lá rodeado de amigos e eu não conseguia me enturmar, aquela coisa de ser caseiro, eu ficava procurando respostas sobre o porquê eu era daquele jeito e eu achava que somente eu era daquele jeito. Meus pais achavam que era uma característica minha e que eu tinha que mudar. Foi assim até os meus 20 anos, por volta de agosto de 2009 quando meus pais resolveram investigar esse mistério que existia em mim, então meus pais me levaram a um psiquiatra que solicitou que fosse realizada uma avaliação para testar minha capacidade intelectual devido às dificuldades de adaptação e desenvolvimento social para que fossem feitas as intervenções necessárias. Nessa idade eu passava com uma fonoaudióloga que percebeu na época que eu tinha um comportamento diferente comparado com os outros pacientes que ela tinha e solicitou que fosse feita uma avaliação neuropsicológica. No dia da avaliação fui eu, meu pai e a minha mãe, falei sobre mim relatando como eu era, meu pai falou sobre como é meu comportamento no meu dia a dia e minha mãe contou minha história de vida desde quando nasci. Pois bem, durante a avaliação neuropsicológica foram feitos testes nas diferentes áreas envolvendo raciocínio, função perceptiva, função atencional, linguagem, memória, função executiva e função visio-construtiva no qual o resultado de todos foi abaixo do esperado. A especialista fez um relato de tudo que foi mencionado e no final fui diagnosticado com autismo leve como era chamado na época do meu diagnóstico e que com o tempo passou a ser chamado de autismo nível 1 de suporte. Após o diagnóstico, veio a resposta sobre o porquê eu de eu ser desse jeito, meus pais passaram a me compreender mais e quando passei a ter contato com outros autistas percebi que não sou o único a ser desse jeito. Atualmente meu hiperfoco é em conservadorismo e também em assuntos relacionados à hegemonia comunista, consumo bastante conteúdo relacionado à essas coisas.

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