FILOSOFIA DE CHICO TAQUARA

A SABEDORIA ESOTÉRICA DO EREMITA DE SÃO THOMÉ DAS LETRAS

Por MARCO AURÉLIO RODRIGUES DIAS

Código do livro: 623886

Categorias

Ocultismo, Meditação, Estudo De Magia, Filosofia, Desenvolvimento Humano, Corpo, Mente E Espírito

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Sinopse

Num certo dia, quase na hora de ir ver o espetáculo do pôr do sol, Chico Taquara, apoiado no cajado, levantou de onde permanecera sentado. Caminhou na direção das mais altas rochas de São Tomé das Letras, seguido pelas vaquinhas de estimação. Sentou-se à beira de um abismo muito alto, de onde se descortinava um belo horizonte longínquo, cuja perspectiva parecia deixar bem abaixo do campo visual a curvatura do planeta. Era dali que, há anos, ele via o anoitecer. Admirava o ocaso e se deliciava com a obra divina. Tirou da sacola de pano sua flauta de bambu. Soprou-a. Tocou uma melodia triste, calma e doce. As notas musicais preencheram o espaço. Criaram um clima místico semelhante ao dos beduínos árabes, dos monges tibetanos e dos espiritualistas orientais. A melancolia da composição musical combinou com a penumbra do entardecer. Ver o pôr do sol, do alto dos penhascos de São Tomé das Letras, é uma experiência mística, desperta sentimentos divinos, abre todos os vazios psíquicos e dissipa a pressa de viver. O espírito acompanha atentamente os coloridos rubros que se sobrepõem, com animação, na tênue linha das montanhas distantes. Aos poucos, a vida visível vai sumindo na escuridão da noite que se avizinha. A belíssima sonata ainda escapava da flauta do Eremita como uma névoa sonora, branda, harmonizando o ambiente. O tempo parecia desaparecer. À medida que a tarde se extinguia ensanguentada, a noite pincelava contrastes de tons escuros. Deus, o Artista Supremo, sujava o horizonte com tintas vermelhas de vários matizes. Os mestres da arte ensinam que para se obter uma boa pintura é preciso sujar as tintas. O que é que Deus não sabe? O sol acabava de sumir no Ocidente. A penumbra avançava, ocultando, aos poucos, o que restava de luz do dia. Via-se, das montanhas distantes, apenas as sombras escuras da imensa Serra da Mantiqueira. Os derradeiros tons amarelos e vermelhos desenhavam a silhueta de Chico Taquara e das vacas. Uma perfeita tela barroca de Rubens. A cena mágica ficou mais incrível quando as vacas, embaladas pelo som melodioso da flauta, começaram a dançar, delicadas nos passos, tal qual a nobreza medieval dançava nos salões dos suntuosos palácios europeus ao som das músicas renascentistas. Por fim, espessa, a noite caiu. Chico Taquara voltou para a gruta e deitou sobre um colchão de capim.

Características

Número de páginas 116
Edição 1 (2023)
Formato A5 (148x210)
Acabamento Brochura c/ orelha
Coloração Preto e branco
Tipo de papel Offset 90g
Idioma Português

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