A ESPIRITUALIDADE É TERAPÊUTICA.
O Mundo Está em Crise. O Capitalismo Está Nos Adoecendo.
SEM RESSONÂNCIA? AUSÊNCIA DE COR.
Num mundo cinza e sem cor,
Onde a dor se faz presente,
Vejo o pranto dessa moça,
Com batom nos lábios, quente.
Lágrimas caem pelo rosto,
Seu sofrer é evidente.
Seu olhar pede socorro,
Seu silêncio é de lamento,
Trancada dentro de si,
Preso está seu sentimento.
Mas a fé é como um rio,
Que liberta em movimento.
A espiritualidade,
É remédio, é solução,
É o bálsamo divino,
Que alivia o coração.
Traz paz e serenidade,
Na mais dura escuridão.
Como Cristo, que acalma,
Toda dor e todo mal,
Liberta almas cativas,
Do sofrer existencial.
Sua luz, que não se apaga,
É amor incondicional.
Seja em pranto ou em sorriso,
Jesus vem pra libertar,
Com o Espírito Santo,
Nosso ser vem restaurar.
E transforma em nova vida,
Quem só soube chorar.
A imagem da capa do livro retrata a dor e a vulnerabilidade de uma mulher chorando, suas lágrimas refletindo um profundo sofrimento. Em um mundo onde muitos enfrentam suas batalhas internas, a espiritualidade emerge como uma força terapêutica, oferecendo cuidado e consolo. Assim como essa mulher precisa de conforto, a espiritualidade pode ser um bálsamo para as feridas emocionais, proporcionando a paz e a cura que somente algo maior pode oferecer.
Cabanas e Illouz (2018), a psicologia positiva promove a ideia de que a felicidade pode ser alcançada por meio de um esforço pessoal significativo, desconsiderando fatores externos que podem influenciar o bem-estar.
Em um mundo que se desdobra em múltiplas camadas de complexidade e crise, a busca por sentido e conexão se torna cada vez mais essencial. A espiritualidade emerge como uma resposta profunda e significativa às nossas angústias contemporâneas, oferecendo não apenas consolo, mas também uma visão crítica do impacto das forças sociais e econômicas sobre nosso bem-estar. No entanto, a comercialização da espiritualidade e sua adaptação ao mercado neoliberal têm transformado práticas espirituais profundas em meros produtos de consumo, diluindo seu potencial transformador.
Segundo Cabanas e Illouz (2018), a psicologia positiva se entrelaça com as ideologias neoliberais ao transformar a felicidade em um objetivo pessoal e autogerido, refletindo o individualismo promovido pelo mercado.
Este livro é uma jornada através dos dilemas que surgem quando a espiritualidade encontra as exigências do capitalismo. Ao explorar as interseções entre a psicologia positiva, a cultura do self, e a autenticidade, revelamos como essas questões se entrelaçam com a ideologia neoliberal, criando um panorama onde a busca pelo bem-estar se torna uma responsabilidade pessoal isolada, frequentemente desconsiderando as influências estruturais e sociais que moldam nossas vidas.
“Vivemos em uma era em que a liberdade de escolha se tornou um imperativo moral, mas onde a verdadeira liberdade parece ser cada vez mais uma ilusão.” Esta reflexão ressalta a tensão entre a individualidade promovida pela psicologia positiva e a necessidade de uma abordagem mais integrada que reconheça as forças externas que moldam nossas experiências.
Cabanas e Illouz (2018) discutem como a psicologia positiva promove uma visão da felicidade que serve aos interesses do capitalismo financeiro, destacando a relação entre o bem-estar individual e a produtividade corporativa.
À medida que você avança por este livro, será conduzido por uma análise crítica que examina como a espiritualidade e o bem-estar são moldados e, muitas vezes, superficializados pelas demandas mercadológicas. Em vez de oferecer soluções prontas ou fórmulas mágicas, este texto busca iluminar as contradições e desafios que enfrentamos, promovendo uma compreensão mais profunda da complexa relação entre identidade, espiritualidade e as exigências do mundo contemporâneo.
Cabanas e Illouz (2018, p. 102) observam que "a cultura da felicidade transforma cada indivíduo em uma empresa autogerida, focada na maximização de seus próprios ganhos de felicidade."
Prepare-se para uma reflexão profunda sobre como podemos redescobrir e reimaginar a espiritualidade em um mundo que constantemente redefine o significado de autenticidade e bem-estar. O caminho que aqui se traça visa não apenas compreender, mas também transcender as limitações impostas por uma cultura que muitas vezes transforma o sagrado em algo superficial e comercializável.
Byung-Chul Han, argumenta que a ressonância é uma forma de conexão genuína e profunda com o outro e com a natureza, e que a falta dessa ressonância pode levar a sentimentos de alienação e vazio. Em sua visão, a sociedade contemporânea muitas vezes se caracteriza por uma ausência de ressonância, substituindo relações autênticas por interações superficiais e mercadológicas.
Cabanas e Illouz (2018) afirmam que a cultura da felicidade promove um modelo de vida que reduz a pessoa a uma unidade de produção de bem-estar, alinhada com a lógica do mercado e do consumo.
De acordo com Cabanas e Illouz (2018), a transformação da felicidade em um objetivo de maximização pessoal tem consequências significativas para a produtividade corporativa e a forma como o bem-estar é concebido na sociedade contemporânea.
Se aplicarmos essa perspectiva à questão do sagrado, podemos considerar que a depressão, em um sentido mais amplo, pode emergir da falta de conexão com algo maior do que o eu individual. O sagrado, aqui entendido como uma dimensão transcendental ou espiritual que proporciona sentido e profundidade à vida, é uma fonte potencial de ressonância. Quando a conexão com o sagrado é ausente ou superficial, isso pode contribuir para uma sensação de desamparo e desintegração interior.
Segundo Cabanas e Illouz (2018), a psicologia positiva promove uma visão reducionista da felicidade, tratando-a como um resultado direto de esforço pessoal, sem considerar fatores externos.
A falta de ressonância com o sagrado poderia ser vista como uma das manifestações da depressão, refletindo um vazio que não é apenas pessoal, mas também espiritual. A ausência dessa conexão profunda pode fazer com que a vida pareça sem propósito ou significado, exacerbando sentimentos de desolação e tristeza. Essa perspectiva sugere que, para abordar a depressão de maneira mais abrangente, é essencial considerar não apenas as questões individuais e sociais, mas também a dimensão espiritual e a busca por um sentido mais profundo.
“A Espiritualidade Terapêutica” é um convite para explorar como a espiritualidade pode funcionar como um antídoto para a superficialidade e alienação promovidas pelo capitalismo. Ao abordar a espiritualidade não apenas como uma prática pessoal, mas como uma força potencialmente transformadora, este livro busca entender como ela pode proporcionar um sentido mais profundo e uma conexão genuína, desafiando as limitações impostas pelas exigências do mercado.
"Finalmente, fortaleçam-se no Senhor e no seu forte poder." Aos Efésios 6:10.
Este versículo serve como uma convocação para os crentes se fortalecerem no poder de Deus, lembrando-os de que sua força vem do Senhor, especialmente em tempos de dificuldade ou batalha espiritual.
Existe uma necessidade de encontrar força espiritual em meio à crise causada pelo capitalismo e às pressões que afetam a saúde mental e o bem-estar. Ele sugere que, em tempos de crise e esgotamento, a verdadeira fonte de força e renovação está na espiritualidade e na conexão com algo maior do que as estruturas sociais e econômicas que nos cercam.
Número de páginas | 113 |
Edição | 1 (2024) |
Formato | A4 (210x297) |
Acabamento | Brochura s/ orelha |
Coloração | Preto e branco |
Tipo de papel | Offset 75g |
Idioma | Português |
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