Escrito entre 1873 e 1874, A filosofia na era trágica dos gregos é um texto fundamental do primeiro período do pensamento nietzchiano. Ao lecionar uma disciplina sobre filosofia pré-socrática na Universidade da Basileia, na Suíça, Nietzsche se sentiu fascinado pelo modo como esses filósofos aliavam o pensar e o viver.
É a partir de pequenos ensaios sobre filósofos como Tales de Mileto, Anaximandro, Heráclito, Parmênides e Anaxágoras que Nietzsche revela a polifonia do pensamento grego. Remontando ao berço da filosofia ocidental , resgata a visão de mundo pré-socrática e a contrapõe à visão de mundo moderna, um tempo que, segundo o filósofo, sofre de uma “formação universal, mas [é] desprovido de cultura e de qualquer unidade de estilo”.
Em A filosofia na era trágica dos gregos, Nietzsche reflete sobre o espírito filosófico de seu tempo, sobre a ciência e o homem, e reafirma que o maior legado dos pré-socráticos é a liberdade de pensar por si mesmo.
Neste livro póstumo e inacabado, Nietzsche defende a tese de que os pensadores anteriores a Platão foram os únicos que ousaram compreender a dimensão trágica das forças que regem a vida dos homens. Ao contrário da filosofia posterior, não reduziram metafisicamente a realidade à dimensão do certo e do errado.
Nietzsche, um crítico mordaz da cultura ocidental, defende neste livro a tese de que os pensadores anteriores a Platão foram os únicos a compreender a dimensão trágica das forças que regem a vida dos homens (trata-se de um dos textos mais importantes sobre a filosofia pré-socrática). Se costumamos atribuir a Sócrates o início da filosofia, Nietzsche sugere, aqui, que talvez ela tenha justamente terminado com ele.
Friedrich Wilhelm Nietzsche (Röcken, Reino da Prússia, 15 de outubro de 1844 – Weimar, Império Alemão, 25 de agosto de 1900) foi um filósofo, filólogo, crítico cultural, poeta e compositor prussiano do século XIX, nascido na atual Alemanha.
Escreveu vários textos criticando a religião, a moral, a cultura contemporânea, filosofia e ciência, exibindo uma predileção por metáfora, ironia e aforismo.
Suas ideias-chave incluíam a crítica à dicotomia apolíneo/dionisíaca, o perspectivismo, a vontade de poder, a morte de Deus, o Übermensch e eterno retorno.
Sua filosofia central é a ideia de "afirmação da vida", que envolve questionamento de qualquer doutrina que drene uma expansiva de energias, não importando o quão socialmente predominantes essas ideias poderiam ser.
Seu questionamento radical do valor e da objetividade da verdade tem sido o foco de extenso comentário e sua influência continua a ser substancial, especialmente na tradição filosófica continental compreendendo existencialismo, pós-modernismo e pós-estruturalismo.
Suas ideias de superação individual e transcendência além da estrutura e contexto tiveram um impacto profundo sobre pensadores do final do século XIX e início do século XX, que usaram estes conceitos como pontos de partida para o desenvolvimento de suas filosofias.
Mais recentemente, as reflexões de Nietzsche foram recebidas em várias abordagens filosóficas que se movem além do humanismo, por exemplo, o transumanismo.
Número de páginas | 0 |
Edição | 1 (1874) |
Formato | A5 (148x210) |
Acabamento | Brochura c/ orelha |
Coloração | Colorido |
Tipo de papel | Offset 75g |