Diferenciar o rural do urbano não é uma tarefa fácil. Belo Horizonte, apesar de ser uma das principais metrópoles brasileiras, ainda conserva em sua paisagem urbana inúmeros elementos que remetem a uma não tão distante ruralidade. Nascida de um curral que se localizava aos pés das Minas e às portas das Gerais, pastos, plantações e águas límpidas e refrescantes embelezavam o arraial que se formou em torno do curral, sobre um sítio que recebeu dois séculos mais tarde a árdua tarefa de abrigar a pérola das Gerais, planejada e construída sobre o solo cultivado e palpado pelos curralenses, que acostumados com a vida tranquila entre vales e serras, guardados pela Serra do Curral, viram o seu espaço e a sua paisagem se transformar em Cidade de Minas, posterior Bello Horizonte, a nova capital que conserva em seu nome a vida pacata dos velhos curralenses.
Ainda assim, a urbe mineira, apesar de considerada 100% urbana, guardou e ainda guarda aspectos e paisagens que remetem a um período onde a vida pacata do rural e os seus pomares, roças e pastos, muitos deles reminiscências do tempo do Curral, conviviam de maneira relativamente harmoniosa com a cidade artificial, onde a dicotomia entre os espaços, intensificados pela busca incessante da modernidade, contribuiu para a nebulosidade sobre o espaço rural cartografado pela CCNC, até então analisado de maneira geral.
ISBN | 978-85-920509-8-6 |
Número de páginas | 132 |
Edição | 1 (2019) |
Formato | A4 (210x297) |
Acabamento | Brochura s/ orelha |
Coloração | Colorido |
Tipo de papel | Couche 150g |
Idioma | Português |
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